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Estado de Minas

Governo Dilma perde aliados para barrar impeachment

PSD segue PP e PRB e decide a favor do impeachment da presidente. Juntas, as tr�s legendas do chamado centr�o t�m 105 deputados. Ministro da Integra��o Nacional entrega o cargo


postado em 14/04/2016 06:00 / atualizado em 14/04/2016 07:30

Por 30 votos a 8, parlamentares do PSD decidiram encaminhar votação pró-afastamento de Dilma, no domingo (foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)
Por 30 votos a 8, parlamentares do PSD decidiram encaminhar vota��o pr�-afastamento de Dilma, no domingo (foto: Ant�nio Cruz/Ag�ncia Brasil)

Um dia depois do desembarque da maioria dos deputados do PP e do PRB da base aliada ao Pal�cio do Planalto, ontem foi a vez de o PSD tomar posi��o majoritariamente a favor do impeachment. Por 30 votos a oito, a bancada decidiu orientar no domingo vota��o pr�-afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT). A decis�o dificulta o plano do Planalto de angariar apoio de outras grandes legendas para evitar o impedimento, ap�s debandada do PMDB. Juntas, as tr�s legendas do chamado “centr�o” t�m 105 deputados. O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), defendeu que a bancada do partido fosse liberada para a vota��o, mas a maioria dos parlamentares cobrou uma posi��o formal de apoio ao impeachment. Tamb�m ontem, o ministro da Integra��o Nacional, Gilberto Occhi (PP) entregou carta de ren�ncia � presidente, seguindo decis�o do PP de deixar o governo.

Ap�s reuni�o da bancada do PSD, o l�der do partido, deputado
Rog�rio Rosso, que presidiu os trabalhos da comiss�o especial do impeachment na C�mara, afirmou que a “ampla maioria” da legenda � a favor do afastamento de Dilma. A sigla conta hoje com 36 deputados – dois secret�rios de estado participaram da vota��o. O partido orientar� que os parlamentares votem a favor do processo, mas a tend�ncia � de que n�o haja fechamento de quest�o, ou seja, os deputados que forem contr�rios ao impedimento n�o podem ser punidos por contrariar a posi��o oficial da legenda.

“Existe uma ampla maioria a favor do processo. Mas o PSD sempre respeita, inclusive em algumas mat�rias, mesmo tendo minoria”, afirmou Rosso. Segundo o l�der do PSD, o ministro Kassab respeitar� a decis�o da bancada, mas n�o quis adiantar se haver� entrega de cargos no governo. A pasta das Cidades � respons�vel por grande parte dos investimentos em mobilidade urbana e por gerenciar v�rios programas do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), vitrine do governo Dilma.

Em reuni�o � tarde, o PTB anunciou que tamb�m vai orientar sua bancada contra a petista na vota��o do processo no domingo. Apenas quatro dos 19 deputados defenderam manter o apoio � presidente. A dire��o do partido, j� informada do resultado, se re�ne hoje, para definir um posicionamento geral. Ainda n�o h� defini��o se haver� fechamento de quest�o, mas a tend�ncia � de que n�o haja puni��o a nenhum membro da sigla que, por quest�es regionais, decida votar com o governo.

BANCADA RACHADA
Na ter�a-feira, o PP decidiu que votar� a favor do processo, mas alguns parlamentares da legenda se manifestaram contra o impeachment. A bancada da sigla, que tem 47 deputados, estava rachada nas �ltimas semanas. O Planalto chegou a cogitar entregar o Minist�rio da Sa�de � legenda, uma das pastas mais cobi�adas por causa do alto or�amento. No entanto, um grupo de parlamentares pressionou pelo rompimento.

No mesmo dia, tamb�m a bancada do PRB decidiu apoiar o impedimento de Dilma. O partido foi o primeiro a desembarcar do governo, ao devolver o Minist�rio do Esporte. O presidente da legenda, Marcos Pereira, afirmou que os 22 deputados federais do PRB votar�o a favor do impeachment. No entanto, quatro se declaram indecisos para a vota��o.

J� o PMDB, que no m�s passado aprovou por aclama��o o desembarque do governo Dilma e tem a maior bancada da C�mara, com 66 deputados, deve ser reunir amanh� para definir se haver� orienta��o favor�vel ao impeachment ou libera��o da bancada. O l�der do partido na Casa, deputado Leonardo Picciani (PMDB), declarou que votar� contra o impeachment e que um grupo de 20 deputados pode acompanhar sua decis�o se o governo conseguir recuperar terreno at� domingo. Caso contr�rio, o n�mero de votos pr�-governo do PMDB pode ser de apenas 10 parlamentares. (Com ag�ncias)

Sem radicalismo

Ao entregar sua carta de demiss�o do cargo de ministro da Integra��o Nacional, Gilberto Occhi afirmou ao chefe de gabinete da Presid�ncia da Rep�blica, Jaques Wagner, que o PP “n�o � um partido radical” e que quer manter o “clima de di�logo” com o governo Dilma Rousseff. Na carta endere�ada � presidente, o ex-ministro justifica que pede exonera��o por causa da decis�o tomada pelo PP de desembarcar da base aliada da petista. O ex-ministro agradece a presidente “pela confian�a a mim conferida nesses �ltimos dois anos”, desde quando assumiu o comando Minist�rio das Cidades, no primeiro mandato de Dilma, at� sua posse como ministro da Integra��o, em janeiro de 2015. A expectativa � de que os diretores-gerais do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) e da Companhia de Desenvolvimento do Vale do S�o Francisco (Codevasf), ambos indicados pelo PP, entreguem seus cargos nos pr�ximos dias.


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