(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

PT e governo defendem elei��es gerais caso Congresso aprove impeachment

A ideia, que at� agora era cogitada apenas em conversas reservadas, passou a ser defendida abertamente pelos estrategistas pr�ximos � Dilma


postado em 16/04/2016 11:37 / atualizado em 16/04/2016 11:59

O PT e o governo planejam fazer uma grande campanha nacional de coleta de assinaturas em apoio a uma Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) caso o Congresso aprove o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A ideia, que at� agora era cogitada apenas em conversas reservadas, passou a ser defendida abertamente pelos estrategistas pr�ximos � Dilma.

"Se o impeachment de fato for decretado, passar pelo Senado, n�s vamos defender elei��es gerais porque n�o reconhecemos no vice-presidente condi��es morais e jur�dicas para vir a presidir o Brasil. O caminho para isso � apresentar uma PEC com amplo apoio popular, recolher milh�es de assinaturas. Eu vou defender isso dentro do PT e acredito que o PT vai defender tamb�m. N�s vamos conviver com um golpe? N�o. Assim como n�o convivemos com a ditadura", disse o deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos principais articuladores da rea��o anti-impeachment.

A tese � corroborada por ministros palacianos e ganha cada vez mais adeptos entre os aliados de Dilma. Na quarta-feira, em conversa com jornalistas, a presidente admitiu "respeitar" uma proposta alternativa que passe pelo voto popular.

As poucas diverg�ncias s�o quanto ao momento em que a campanha deve ser deflagrada. Alguns petistas defendem que seja logo depois da vota��o na C�mara, em caso de derrota do governo. Eles apostam que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai "esfriar" a disputa quando o impeachment chegar em suas m�os e retardar o ritmo do processo, o quedaria tempo para a mobiliza��o pela coleta de assinaturas. Aliados de Dilma se fiam em pesquisas de opini�o que mostram avers�o a Temer igual ou maior do que � presidente por parte da popula��o e acreditam que n�o seria imposs�vel, com ajuda dos movimentos sociais ligados ao partido, coletar milh�es de assinaturas em poucas semanas para pressionar o Congresso a aprovara PEC.

No Pal�cio do Planalto e entre a aliados de Dilma a ideia tem sido chamada de "contra-golpe", uma esp�cie de revanche contra Temer, que virou alvo de f�ria entre petistas que prometem desestabilizar um eventual governo do vice.

"Se o impeachment for admitido aqui acho muito dif�cil que o doutor Michel Temer tenha condi��es de governar porque obviamente ter� se tratado de um golpe. Ele da nossa parte n�o merecer� o tratamento de presidente, ele � um usurpador, um conspirador, um traidor", disse Damous.

Na conversa com jornalistas Dilma acusou Temer se "se associar" politicamente ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), r�u na Opera��o Lava Jato, para derrubar o governo. O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva sugeriu a interlocutores que preferia ver o pa�s nas m�os do PSDB, em uma derrota eleitoral do PT, do que entregue ao grupo do vice. Damous acusou Temer de oferecer o fim da Lava Jato em troca de votos pelo impeachment.

"O doutor Temer hoje n�o conseguiria se eleger vereador. Mais cedo ou mais tarde vai virar alvo da Lava Jato. Ali�s ele tem conseguido virar votos aqui na C�mara, isso eu sei, dizendo que se eleger acaba com a Lava Jato", disse o deputado.

O vice-presidente foi procurado por meio de sua assessoria para comentar a acusa��o mas n�o respondeu.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)