Partidos de oposi��o v�o � Pol�cia Federal neste s�bado para apresentar uma den�ncia crime contra a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e governadores que est�o atuando para angariar votos favor�veis ao governo.
Os partidos apontam como provas desses crimes a oferta de cargos e nomea��es publicadas no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU) nos �ltimos dias, a atua��o nas negocia��es de ministros, dos governadores de Cear�, Maranh�o, Para�ba, Piau� e Bahia, al�m do ex-presidente Lula. Eles tamb�m apontam como ind�cio de compra de votos a transfer�ncia de terras da Uni�o para o Governo do Amap�, Estado de maioria dos votos n�o declarados.
"O Di�rio Oficial amanheceu recheado de nomea��es. Isso � a utiliza��o abusiva da m�quina p�blica para tentar reverter o processo de impeachment", disse o l�der do DEM, Pauderney Avelino (AM).
"� um absurdo. Est� usando a m�quina p�blica de forma desavergonhada, liberando recursos federais, cargos, verbas para Estados e munic�pios s� para converter votos. Estamos vivendo um clima de certa tens�o porque a intimida��o provocada pelo governo, o jogo sujo e pesado do governo e da presidente Dilma � uma coisa absurda", afirmou.
Votos
Apesar de oficialmente assegurar que continua tendo mais de 342 votos para aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na C�mara dos Deputados, parte da oposi��o j� mudou o tom do discurso outrora de certeza em rela��o a aprova��o do atual processo de impedimento da petista.
Da ala pr�-impeachment do PMDB, o deputado federal Mauro Pereira (RS) afirmou na sexta-feira, 15, que, se o processo de impeachment de Dilma em an�lise n�o for aprovado, a oposi��o pressionar� o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a autorizar a abertura de um novo pedido. "Se n�o aprovar esse, n�o tem problema. Tem o da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)", afirmou Pereira ao Broadcast Pol�tico. O pedido da institui��o foi apresentado no final de mar�o e pede o impeachment de Dilma argumentando que ela cometeu crimes de responsabilidade n�o s� com as pedaladas fiscais.
A OAB acusa a petista de crime de responsabilidade por, segundo a institui��o, tentar interferir nas investiga��es da Opera��o Lava Jato - inclusive com a nomea��o do ex-presidente Lula, que � investigado, para o comando da Casa Civil - e por conceder ren�ncia fiscal � Fica para realiza��o da Copa do Mundo de 2014.
A favor do impeachment, o deputado Jer�nimo Goergen (PP-RS) tamb�m flexibilizou o discurso. "Se der 341 votos para n�s, ela n�o vai ter a menor condi��o de continuar governando", disse, garantindo, contudo, que a oposi��o continua tendo votos suficientes. "Dando tudo errado, vamos ter 300 votos", disse.