
A abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) foi aprovada na noite deste domingo no plen�rio da C�mara de Deputados. A sess�o foi marcada por discursos acalorados de ambos os lados. O placar final ficou em 367 a favor, 137 contra, sete absten��es e dois ausentes. Ruas e avenidas de v�rias capitais do pa�s foram tomadas por manifestantes - aqueles favor�veis ao impedimento comemoraram com fogos de artif�cio e buzina�o.
Pelo Facebook, pelo Twitter, pelo Instagram, vota��o vira piada na web
Depois de votar, Jean Wyllys cospe em dire��o a Jair Bolsonaro
Ap�s mist�rio, Tiririca apoia impeachment e ganha aplausos de colegas
Maioria da bancada mineira vota pelo impeachment
Derrotada, Dilma convoca reuni�o com ministros e parlamentares
Com a aprova��o, o rito de impeachment segue agora para o Senado. No primeiro momento, Os senadores ter�o de decidir se instauram o processo e afastam a presidente Dilma preventivamente do cargo por 180 dias. Neste per�odo, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que acompanhou a vota��o neste domingo no Pal�cio do Jaburu, assume o cargo interinamente. Hoje, a tend�ncia � que os senadores tamb�m aprovem o processo de impedimento, conforme levantamento de inten��es junto aos parlamentares daquela Casa.
De acordo com o relator do processo aprovado na C�mara, deputado Jovair Arantes, a presidente desrespeitou a lei na abertura de cr�ditos suplementares, por meio de decreto presidencial, sem autoriza��o do Congresso Nacional e tomou emprestados recursos do Banco do Brasil para pagar benef�cios do Plano Safra, nas chamadas pedaladas fiscais. Dilma nega ter cometido crime. A sess�o deste domingo foi presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de inqu�rito no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta das investiga��es da Opera��o Lava Jato.
A sess�o deste domingo na C�mara dos Deputados come�ou �s 14h. Os deputados come�aram a ser chamados para declararem os seus votos por volta das 17h45. A cada fala, os parlamentares reagiam com aplausos ou vaias. Em alguns casos, os pol�ticos eram interrompidos por gritos de colegas contr�rios.
Tiririca
Um dos votos mais comemorados foi do deputado federal Tiririca (PR/SP). Em poucos segundos, o parlamentar deu o seu parecer sobre a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Seu presidente, pelo meu pa�s o meu voto � sim”, declarou. A frase foi seguida com muitas palmas e comemora��o de colegas favor�veis ao impedimento. Tiririca foi abra�ado e cercado por parlamentares.
Cusparada
O clima esquentou depois do voto do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Ele disse estar "constrangido" de participar de uma "elei��o indireta, conduzida por um ladr�o, urdida por um traidor conspirador e apoiada por torturadores covardes, analfabetos pol�ticos e vendidos. Uma farsa sexista". Ele declarou seu voto contra o impeachment em nome "dos direitos da popula��o LGBT, do povo negro exterminado nas periferias, dos trabalhadores da cultura, dos sem teto, dos sem terra".
Logo depois de discursar, ele cuspiu em dire��o ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Segundo ele, foi em resposta a um insulto durante a vota��o. "Na hora em que fui votar esse canalha (Bolsonaro) decidiu me insultar na sa�da e tentar agarra meu bra�o. Ele ou algu�m que estivesse perto dele. Quando ouvi o insulto eu devolvi, cuspi na cara dele que � o que ele merece", explicou Willys.