At� o in�cio da vota��o, �s 17h45, na C�mara dos Deputados, o Pal�cio do Planalto n�o sabia quantos votos tinha de fato. Todas as estimativas feitas nos �ltimos dias foram sendo derrubadas ao longo da noite, o que acabou se confirmando no fim da vota��o. A oposi��o comemorou com gritos e aplausos cada “sim” ao impeachment dado por parlamentares que estavam indecisos nos dias que antecederam a sess�o ou haviam se comprometido com o governo. O Planalto contabilizou v�rias “trai��es”, especialmente PDT e PR, que tinham orienta��o contra impeachment. A estrat�gia de estimular as absten��es e aus�ncias tamb�m fracassou. Foram apenas sete registros de absten��es e dois parlamentares ausentes por orienta��o m�dica.
Ao votar, o presidente da C�mara declarou: “Que Deus tenha miseric�rdia desta na��o”. Recebeu de volta vaias e gritos de “fora, Cunha”. O voto decisivo, de n�mero 342 – total necess�rio para abertura do processo de impeachment da presidente –, foi dado por Bruno Ara�jo (PSDB-PE).
O primeiro voto, do deputado Washington Reis (PMDB-RJ), foi pelo sim. Por problemas de sa�de, ele teve prioridade ma vota��o. Em seguida, foram chamados os parlamentares de Roraima, conforme o rito anunciado pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e validado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Depois vieram RS, SC, AP, PA, PR, MS, AM, RO, GO, DF, AC, TO, MT, SP, MA, CE, RJ, ES, PI, RN, MG, PB, PE, BA, SE, AL. Logo ap�s Ronaldo Lessa (PDT), �ltimo parlamentar alagoano, votar, Cunha encerrou a sess�o �s 23h50.
Os dois ausentes foram a deputada Clarissa Garotinho (PP-RJ), que est� gr�vida e apresentou atestado de 120 dias, e Anibal Gomes (PMDB-CE), operado da coluna.