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Estado de Minas

Dilma avalia futuro e lamenta s� seis votos do PMDB contra impeachment


postado em 18/04/2016 14:07 / atualizado em 18/04/2016 15:15

(foto: Lula Marques/ Agência PT)
(foto: Lula Marques/ Ag�ncia PT)

A presidente Dilma Roussef passou a manh� desta segunda-feira em seu gabinete no Pal�cio do Planalto ao lado de auxiliares diretos, como os ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini, avaliando um pouco os resultados da vota��o de domingo e definindo estrat�gias para tentar reverter o quadro no Senado. O sentimento de decep��o e rep�dio �s trai��es permaneciam na manh� desta segunda-feira e a maior queixa foi em rela��o ao PMDB, que deu apenas seis votos contra o impeachment da presidente Dilma. Esse resultado considerado "inacredit�vel" deixou claro para o n�cleo do Planalto que cometeu um "erro grave" de manter o PMDB nos minist�rios e concentrar energias na negocia��o com o partido, que j� havia debandado.

Embora o Planalto reconhe�a que � "muito dif�cil" reverter a "onda contra o governo no Senado", o momento � de concentrar as for�as naquela Casa, para tentar evitar que a presidente seja afastada do seu cargo. Na verdade, a situa��o � considerada "dram�tica". Nesta segunda-feira, no plen�rio do Senado, o governo tem apenas 21 votos, mas na primeira vota��o precisa de 41. Por outro lado, as proje��es mostram que a oposi��o j� teria os 45 votos necess�rios.

Dilma est� disposta a lutar pelo seu mandato "com todas as suas for�as" e isso � um dos pontos que ela pretende refor�ar na fala que est� preparando para fazer hoje. N�o h� uma defini��o, no entanto, do formato da fala de Dilma, que poder� ser no in�cio da tarde.

Paralelamente � ofensiva no Congresso, o Planalto est� estudando ainda quando e de que forma entrar� no Supremo Tribunal Federal com a��o questionando o processo de impeachment. Mesmo sabendo que o Supremo j� deu sinais que n�o quer se intrometer em quest�es do Congresso, o governo acha que n�o pode deixar de lutar em todas as frentes.

O baque com o resultado de ontem, no entanto, foi grande. Dilma estava indignada com o deputado Mauro Lopes, que foi ministro da Avia��o Civil e que, na sexta-feira, almo�ou com a ministra e senadora K�tia Abreu e sinalizou que, no m�nimo se absteria de votar. Mas nunca votar contra, como fez. Dilma e sua equipe ficaram indignadas tamb�m com Alfredo Nascimento, afastado por Dilma na "faxina" que ela fez no in�cio do seu primeiro mandato. O gesto foi entendido como "clara vingan�a".

Outro que deixou Dilma profundamente irritada e surpresa foi o deputado Adail Carneiro (PP-CE). N�o que Dilma confiasse nele, mas ele esteve durante horas na tarde de ontem no Alvorada, onde Dilma se reunia com seus auxiliares, assegurou que votaria n�o para ela e o governador do Estado, Camilo Santana. S� que saiu de l� e votou a favor do impeachment. "U�, esse cara n�o passou a tarde toda aqui com a gente e foi l� e votou contra?", queixou-se, "perplexa" Dilma. Mas, a cada voto prometido e n�o cumprido, Dilma repetia. "O que � isso? N�o acredito. Que coisa!"

No Planalto havia tamb�m indigna��o com a foto publicada na imprensa do vice Michel Temer com largo sorriso nos l�bios acompanhando a vota��o. Apesar da ira de todos, a presidente reiterou que precisa se concentrar na tentativa de convencer os senadores de n�o afast�-la do cargo.


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