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Estado de Minas

PT prepara ofensiva para processo de impeachment no Senado

Como segunda maior bancada no Senado, o PT diz que n�o abre m�o da prerrogativa de indicar a presid�ncia ou relatoria da comiss�o


postado em 18/04/2016 16:01

(foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
(foto: Marcos Oliveira/Ag�ncia Senado)

No dia seguinte � decis�o da C�mara dos Deputados de autorizar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a movimenta��o de governistas no Senado hoje (18) come�ou cedo. O PT reuniu a bancada e senadores de outros partidos aliados para avaliar a vota��o de ontem, o cen�rio pol�tico e os pr�ximos passos para tentar reverter no Senado a decis�o da C�mara.

Uma das rea��es mais fortes dos aliados de Dilma foi � declara��o dada ontem (17) pelo presidente em exerc�cio do PMDB, senador Romero Juc� (RR), que defendeu que a presid�ncia da comiss�o especial - a ser formada para analisar o processo de impeachment - tenha Antonio Anastasia (PSDB-MG) na presid�ncia e a senadora Ana Am�lia (PP-RS) na relatoria. “Acho que Juc� j� est� se sentindo ministro ou futuro presidente do Senado e quer atropelar o processo”, criticou o l�der do governo, senador Humberto Costa (PE).

Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), como o PP de Ana Am�lia, ex-aliado do governo, fechou quest�o a favor do impeachment, ela n�o teria isen��o para ser relatora do caso.

Como segunda maior bancada no Senado, o PT diz que n�o abre m�o da prerrogativa de indicar a presid�ncia ou relatoria da comiss�o. A avalia��o � que o nome n�o deve ser do pr�prio partido para que questionamentos n�o sejam feitos, mas o que os petistas garantem � que n�o abrir�o m�o de indicar algu�m que considerem isento no processo.

“Vamos lan�ar m�o do regimento para defender essa posi��o”, garantiu Lindbergh, j� que o regimento diz que cabe �s duas maiores bancadas da Casa - no caso PMDB e PT- indicar a presid�ncia e a relatoria da comiss�o.

Estrat�gias

Do ponto de vista pol�tico, al�m de cobrar que o regimento do Senado seja respeitado, os governistas tamb�m pretendem refor�ar os la�os com movimentos sociais. Outra estrat�gia � come�ar imediatamente a busca de votos de senadores.

“Alguns partidos fecharam quest�o e provavelmente devem tentar aplicar essa norma aqui”, disse Humberto Costa. Apesar disso, o senador avalia que agora o cen�rio � diferente da C�mara. “O Senado � uma casa diferente com menos parlamentares. Aquela passionalidade que existe na C�mara, aqui n�o existe, as discuss�es s�o mais racionais, acredito que podemos ter um resultado diferente”, acrescentou.

Temer

O PT tamb�m deve adotar uma ofensiva muito forte para desqualificar o vice- presidente da Rep�blica, Michel Temer, visto como um dos grandes articuladores da derrota da presidenta ontem. “As pesquisas e a baixa popularidade do Temer v�o mostrar que ele n�o tem condi��es de ficar no governo. Eu chego a ir al�m. Na hip�tese desse golpe se consumar e eles vencerem aqui no Senado, Temer n�o se sustenta tr�s meses, as ruas v�o pedir a cabe�a dele, ningu�m vai aceitar isso”, afirmou Lindbergh.

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), foi na mesma linha. “N�o h� hip�tese de um eventual governo de Michel Temer e Eduardo Cunha ter qualquer legitimidade perante o povo brasileiro”, disse.

Viana reconheceu erros da presidenta da Rep�blica. “Ficou muito evidente ontem que n�s vimos uma a��o que somou um descontentamento da opini�o p�blica, que � real, com o governo, mas uma sede de vingan�a e de intoler�ncia de uma parcela da oposi��o que levou �quela vota��o que talvez tenha surpreendido os proponentes do impeachment que esperavam uma vit�ria acachapante - e a vit�ria teve apenas 25 votos al�m dos necess�rios”.

Em nota, o l�der do PT no Senado, Paulo Rocha, (PT-BA) tamb�m refor�a os argumentos contra Temer e diz que perdeu-se uma batalha, mas n�o a guerra. Rocha diz que o PT manter� vig�lia permanente contra esta e contra “todas as tentativas de instabilidade institucional patrocinadas por setores inconformados com a derrota nas elei��es de 2014. Michel Temer e Eduardo Cunha n�o contam com apoio popular, nem t�m condi��es morais para presidir o Brasil.”

A nota diz ainda que “as senadoras e senadores do PT compartilham sincero pesar com o povo brasileiro pela agress�o ao Estado Democr�tico de Direito iniciada neste domingo (17).”

O documento - elaborado ap�s a reuni�o hoje pela manh� - diz tamb�m o que houve ontem foi um “golpe travestido em um processo de impeachment que nasceu esp�rio, fruto da vingan�a do presidente da C�mara, Eduardo Cunha, ao ser indiciado como r�u no processo da Lava Jato”.

Reuni�es

Parlamentares do PT ter�o no fim da tarde hoje (18), �s 17h, uma reuni�o com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, no Pal�cio do Planalto. Tamb�m devem participar os ministros Jos� Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da Uni�o) e Jacques Wagner (Gabinete Pessoal da Presidenta).

PCdoB

O PCdoB tamb�m come�ou o dia condenando o resultado de ontem e refor�ando o apoio � presidenta Dilma, com quem a senadora Vanessa Grazziotin (AM), dirigentes e deputados da legenda estiveram hoje. “Fomos levar a nossa solidariedade e falar da disposi��o do nosso partido, parlamentares e milit�ncia de continuar na rua [em defesa de Dilma], disse.

Para Vanessa, a presidenta n�o estava feliz, mas, ao mesmo tempo, aparentava muita serenidade e disse que pretende cuidar pessoalmente das articula��es na etapa do Senado.

 Com Ag�ncia Brasil


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