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Estado de Minas

Governistas querem derrubar impeachment no Senado


postado em 19/04/2016 06:00 / atualizado em 19/04/2016 08:36

Em meio � ressaca pela derrota sofrida na C�mara dos Deputados no domingo, governistas j� se articulam em busca de votos para barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado. O processo chegou ontem � Casa e foi recebido das m�os do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os dois se reuniram ontem para tratar da segunda etapa do processo de afastamento da petista. Em reuni�o com integrantes da bancada do partido, o l�der do Pal�cio do Planalto na Casa, Humberto Costa (PE), afirmou ontem que o governo vai batalhar para vencer j� na primeira etapa do processo: a vota��o no plen�rio que decidir� pela instaura��o ou n�o do impeachment. Para que seja aceita a den�ncia de crime de responsabilidade, basta a maioria simples em um qu�rum m�nimo de 41 senadores.

“N�s n�o vamos discutir antecipa��o de elei��es. O que n�s queremos � tentar ganhar aqui na admissibilidade (do processo de impeachment). Se n�o conseguirmos, vamos tentar ganhar depois no julgamento. N�o vamos entrar com essa proposta (elei��es gerais) porque ela pode ser diversionista (manobra)”, afirmou Humberto Costa depois do encontro, referindo-se ao discurso de realiza��o de elei��es gerais em caso de cassa��o do mandato de Dilma. No domingo, 367 deputados federais votaram a favor do impeachment, 25 al�m dos 342 necess�rios. O governo precisava de 172 votos para barrar o processo, e obteve 137.

O primeiro passo para a estrat�gia do governo � a escolha dos integrantes da comiss�o especial que ficar� encarregada de emitir um parecer sobre o impedimento de Dilma. Segunda maior bancada da Casa – ao lado do PSDB, com 11 integrantes, e atr�s apenas do PMDB, que tem 18 –, o PT vai brigar pela presid�ncia do grupo. Nos corredores, h� quem diga que o partido da presidente Dilma n�o poderia ocupar cadeiras estrat�gias na comiss�o porque � parte interessada no processo.

“Podemos indicar um nome pra presid�ncia e vamos disputar na comiss�o. Se quiserem passar o trator, n�o vamos aceitar n�o”, avisou Humberto Costa. Tradicionalmente, os partidos com maior bancada s�o aqueles que poderiam ocupar a presid�ncia e relatoria da comiss�o. O PMDB, por ser o maior deles, ficaria com a presid�ncia e o PT ou PSDB com a relatoria. Os tucanos j� at� indicaram o ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, para ocupar o cargo destinado ao partido.

Pela manh�, 23 parlamentares, entre eles o l�der do governo na C�mara, Jos� Guimar�es (CE), estiveram no Pal�cio do Planalto para manifestar apoio � presidente Dilma. “A luta est� apenas come�ando. Tem um longo per�odo de disputa pol�tica”, disse o petista. Ele se negou a revelar estrat�gias discutidas para barrar o processo no Senado. “Estamos trabalhando forte para reverter no Senado. Foi uma derrota moment�nea. Teve trai��es, mas isso faz parte”, completou. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que � importante intensificar a luta da rua, “o que obviamente mostra que a instabilidade pol�tica aumentou com essa vota��o de ontem”. Para a parlamentar, a press�o sobre o Senado ser� ainda maior que a vivida na C�mara.

Infidelidade O petista negou que o partido j� esteja fazendo um mapa de votos, mas afirmou que levantamento feito antes da vota��o na C�mara apontou que a oposi��o tinha voto suficiente para instaurar o processo. A pesquisa mostrou que 41 senadores declararam voto pela proposta de impeachment e 27 se manifestaram contra. Outros 12 ainda estavam indecisos. A julgar pela vota��o na C�mara e a orienta��o dos partidos, dificilmente o governo venceria a batalha do Senado.

Entre as 17 legendas que t�m representantes na Casa, 11 votaram de forma majorit�ria a favor do impeachment na C�mara. PSDB, DEM, PRB, PPS, PV e PSC foram un�nimes, e no Senado contabilizam 19 parlamentares. PMDB, PSB, PP, PSD e PTB somam 38 votos. Essas legendas t�m 200 deputados federais, e no domingo, deram 169 votos para o impeachment. Ou seja, a infidelidade � orienta��o partid�ria foi de apenas 15% dos votos.

E tem tudo para acontecer de novo no Senado. Do PSB, por exemplo, os senadores Jo�o Capiberibe (AP) e L�dice Mata (BA) j� declararam ser contra o impeachment. Roberto Requi�o, do PMDB do Paran�, tamb�m j� manifestou que vai votar n�o. Do lado governista, a presidente Dilma conta com apoio do PT, PDT, PCdoB e Rede, totalizando 16 votos. Com exce��o do PDT, todos os integrantes dos demais partidos votaram contra o impeachment no domingo. Seis pedetistas descumpriram a orienta��o e agora correm o risco de ser expulsos da legenda.

Os quatro senadores do PR e um do PTC foram liberados para votar como quiserem. Dois republicanos j� disseram votar a favor do impeachment: Blairo Maggi (MT) e Magno Malta (ES). O �nico representante do PTC, o ex-presidente Fernando Collor de Mello (AL) ainda n�o se pronunciou sobre seu voto. (Com ag�ncias)


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