Os vereadores de Belo Horizonte rejeitaram nesta ter�a-feira a cria��o do Dia da Parada do Orgulho LGBT. O placar foi de 16 votos contr�rios e 10 favor�veis a medida. A data seria comemorada anualmente no terceiro domingo do m�s de julho. A iniciativa previa que a prefeitura realizasse atividades de car�ter educativo, buscando a constru��o de uma cultura de respeito � diversidade, aos direitos humanos e � cidadania LGBT. Grupos contr�rios � medida ocuparam as galerias do plen�rio, argumentando que iniciativas como essa n�o deveriam receber apoio com dinheiro p�blico.
“Temos que combater � dinheiro p�blico na m�o de privado. Enquanto o dinheiro p�blico estiver sendo usado para a inclus�o, est� muito bem aplicado”, defendeu o vereador Leonardo Mattos (PV), lamentando a postura do Plen�rio em rejeitar a medida. “Esse projeto tem um m�rito enorme, que � de garantir a livre manifesta��o das pessoas. N�o � quest�o de amor, porque isso � de foro �ntimo. � quest�o de direitos civis e livre organiza��o, e cabe a n�s defender”, afirmou o vereador Tarc�sio Caixeta (PT).
Autor da proposta, Patrus afirmou que, “se o problema � a previs�o de recursos para as campanhas educativas, podemos apoiar a emenda do Preto (DEM), que suprime esse par�grafo, mantendo apenas a data comemorativa”, mas a proposta foi recusada. “Mais uma vez a C�mara mostrou a sua intoler�ncia”, lamentou vereador Gilson Reis (PCdoB), destacando que o poder p�blico apoia diferentes estabelecimentos e iniciativas religiosas, como o Serm�o da Montanha.
Vereadores religiosos, evang�licos e cat�licos, recusaram a proposta, afirmando que a iniciativa iria contra suas cren�as e valores familiares. Em coro com os vereadores Joel Moreira (PMDB) e Autair Gomes (PSC), S�rgio Fernando Pinho Tavares (PV) defendeu o apoio de recursos p�blicos � Igreja, uma vez que a previs�o est� na Constitui��o Federal, e lembrou que j� havia sido relator do projeto na Comiss�o de Legisla��o e Justi�a, quando indicou por sua rejei��o tamb�m no aspecto jur�dico.