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Estado de Minas

Plano � inviabilizar Temer, diz St�dile, dirigente do MST


postado em 20/04/2016 12:03

João Pedro Stédile é um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)(foto: Valter Campanato/Agência Brasil )
Jo�o Pedro St�dile � um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) (foto: Valter Campanato/Ag�ncia Brasil )

Ap�s a admiss�o do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, aprovada no domingo (17) no plen�rio da C�mara dos Deputados, o plano dos movimentos sociais agora � promover uma paralisa��o geral antes do fim do processo no Senado, com o objetivo de inviabilizar um poss�vel governo Temer, afirmou Jo�o Pedro St�dile, um dos principais dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em entrevista ao programa Espa�o P�blico, da TV Brasil.

Para St�dile, quem articula o que ele chamou de “golpe” contra Dilma � uma parcela da burguesia, principalmente aquela ligada ao setor financeiro, cuja meta principal n�o � a troca do presidente, mas a implanta��o de medidas neoliberais que os movimentos sociais "n�o aceitar�o".

St�dile descartou que o pedido por novas elei��es gerais entre na pauta de reivindica��es. “Neste momento, temos que barrar o golpe e inviabilizar o governo Temer”, afirmou St�dile na entrevista, que foi ao ar ontem (19) � noite. Os movimentos reunidos sob a Frente Brasil Popular, entre eles grandes centrais sindicais, como a CUT, re�nem-se entre hoje e amanh� para definir uma data para uma eventual paralisa��o geral, antes da conclus�o do processo de impeachment no Senado.

“Isso eu defendi no s�bado, no acampamento l� de Bras�lia. O que a burguesia quer, no Brasil, n�o � trocar de presidente, � implementar um programa neoliberal para recuperar sua taxa de lucro e ela sair da crise. O povo, se me permitem, que se lasque. Qual � a arma que a classe trabalhadora tem nesse momento? � dizer para a burguesia: olha, n�s n�o aceitamos plano neoliberal, n�o aceitamos perder direitos e n�o aceitamos perder sal�rio. Para ela dizer isso para os golpistas, tem que fazer uma paralisa��o nacional”, disse o economista e ativista social.

Perguntado se diante do desemprego crescente, os trabalhadores iriam aderir a um greve geral, St�dile respondeu: “� esse o term�metro que n�s vamos levantar amanh� [hoje (20)]. Eu acho que tem muitos sindicatos que t�m base organizada nas f�bricas, como no ABC Paulista, no Vale do Para�ba. No Rio de Janeiro, os petroleiros da Petrobras, se quiserem, param o a Petrobras. N�s, na agricultura, temos condi��o de parar, parar as estradas, o transporte de mercadorias.”

O dirigente do MST reconheceu que, para al�m da milit�ncia organizada, os movimentos sociais n�o conseguiram angariar, at� agora, uma ades�o expressiva da grande “massa” da popula��o �s manifesta��es contra o afastamento de Dilma, mas ele disse acreditar que a juventude deva reagir.

Ressaltando que o MST foi um dos primeiros a criticar o segundo governo Dilma por sua pol�tica de ajuste fiscal, St�dile avaliou que, mesmo que consiga barrar o impeachment, o governo Dilma de 2014 e 2015 estar� “acabado”, dando lugar a um governo “Lula 3”, no qual o ex-presidente ter� papel central na forma��o de um novo gabinete de ministros e na implanta��o de uma nova agenda econ�mica.

“Se n�s conseguirmos barrar o impeachment no Senado, na verdade o governo Dilma de 2014 e 2015 acabou. N�s teremos um outro governo, coordenado pelo Lula, que at� nos movimentos populares, n�s brincamos que vai ser o Lula 3, porque ele que vai ter que coordenar, e vai ter que reformar o minist�rio, e vai ter que adotar um outra politica econ�mica.”


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