O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, definiu que vai enviar ao Senado, nos pr�ximos dias o roteiro que deve ser seguido no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A ideia � que a Casa siga o que foi definido pela Corte em dezembro, quando ficou decidido que o Congresso deveria adotar o mesmo rito do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
O procedimento foi criticado por parlamentares, que acusaram a dupla de trabalhar para postergar o desfecho do impeachment, e por ministros da Corte, que afirmaram que o tribunal j� havia deliberado sobre o assunto em dezembro, quando analisou a a��o movida pelo PCdoB.
Ao comentar o assunto, o ministro Gilmar Mendes chegou a ironizar o excesso de zelo de Lewandowski e Renan e disse que s� faltava os dois detalharem o momento em que seria servido o cafezinho e �gua durante o processo.
Regras
Segundo o que foi definido pelo STF em dezembro, a �nica diferen�a do rito de 1992 � que, agora, Dilma ser� interrogada pelos senadores somente ap�s a fase da instru��o probat�ria, quando a comiss�o analisa documentos, ouve testemunhas e discute se a presidente cometeu ou n�o crime de responsabilidade.
Na �poca de Collor, o interrogat�rio seria feito logo ap�s o Senado ter instaurado o processo. A ida ao Senado do ent�o presidente n�o aconteceu, porque ele renunciou antes disso.