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Estado de Minas

Supremo inclui Dilma, Lula e Temer em inqu�rito da Lava-Jato

Decis�o do ministro Teori Zavasck atende a pedido feito pela PGR. O tr�s foram citados em dela��o de Delc�dio, mas n�o s�o formalmente investigados


postado em 20/04/2016 20:37 / atualizado em 20/04/2016 21:12

O ministro Teori Zavascki, relator da Opera��o Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira, 20, que trechos da dela��o do senador Delc�dio Amaral (sem partido-MS) sejam inclu�dos no inqu�rito que tramita desde mar�o do ano passado perante a Corte e investiga a forma��o de quadrilha para atua��o no esquema de corrup��o na Petrobras. Teori autorizou a juntada de cinco termos de depoimento do senador, nos quais s�o citados, entre outras autoridades, a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

A decis�o atende a pedido feito pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, e n�o torna os tr�s formalmente investigados pelo STF. Por ora, segundo o procurador-geral, basta a juntada das informa��es prestadas por Delc�dio. Para Janot, os esclarecimentos do delator "aperfei�oam entendimento" sobre o esquema criminoso investigado.

Chamado por investigadores de "quadrilh�o", o inqu�rito que apura a forma��o de quadrilha para atuar na Lava-Jato tem 39 investigados at� o momento, com parlamentares do PP, PT e PMDB, al�m de operadores do esquema.

Ao pedir a juntada dos depoimentos de Delc�dio ao inqu�rito, a Procuradoria-Geral da Rep�blica aponta que a dela��o do senador foi um "inovador acordo" de colabora��o premiada. At� agora, as dela��es faziam parte dos n�cleos financeiro, administrativo ou econ�mico do esquema, mas Delc�dio avan�ou sobre o n�cleo pol�tico.

De acordo com a PGR, fazem parte do n�cleo administrativo que colabora com as investiga��es o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o ex-gerente executivo da estatal Pedro Brausco. O n�cleo econ�mico tem os executivos Ricardo Pessoa, Eduardo Hermelino Leite e Dalton Avancini. J� o n�cleo financeiro contou com dela��es do doleiro Alberto Youssef e de seu funcion�rio Rafael �ngulo.

Foram juntados ao inqu�rito sobre quadrilha cinco termos dos 21 que comp�em a dela��o de Delc�dio. O primeiro deles trata da "nomea��o de N�stor Cerver� para a diretoria internacional da Petrobras" e da "inger�ncia da presidenta Dilma Rousseff para a nomea��o de Nestor Cerver� para a diretoria financeira da BR Distribuidora", express�es usadas na pr�pria dela��o.

No depoimento, Delc�dio afirmou que em 2003 come�aram as discuss�es sobre quem seriam os diretores da Petrobras no primeiro governo Lula. Nesse contexto, mencionou que Dilma "tinha rela��o" com Nestor Cerver�, com Rodolfo Landim e com Gra�a Foster em raz�o da atua��o como secret�ria de energia no Rio Grande do Sul. Segundo ele, Lula j� tinha o nome de Cerver� para a Diretoria Internacional e "inclusive Dilma, como ent�o Ministra das Minas e Energias, tamb�m estava de acordo".

Delc�dio narra no depoimento que o PMDB passou a ter for�a na Petrobras ap�s o esc�ndalo do mensal�o ter sigo revelado, pois o governo Lula precisava do apoio do partido para governar. A partir da�, disse Delc�dio, o partido passou a ter influ�ncia sobre Cerver� na estatal. Segundo Delc�dio, a influ�ncia junto ao diretor permitia que os dirigentes atendessem demandas do partido, como doa��es e "objetivos n�o republicanos". No mesmo depoimento, Delc�dio diz que Temer chancelou a indica��o de Jorge Zelada para a Diretoria Internacional da Petrobras, ap�s ter avalizado a indica��o de Jo�o Augusto Henriques, barrado por Dilma.

"No que tange ao desvio de verbas em favor do PMDB, o poss�vel esquema de financiamento il�cito desse e de outros partidos constitui um dos objetos do inqu�rito 3989. Desta feita, por ora, basta juntada de c�pia do termo a esse inqu�rito", escreveu Janot, para justificar o pedido.

Outros termos de depoimento juntados � investiga��o sobre quadrilha tratam de aquisi��o de etanol na BR Distribuidora, Propina na aquisi��o de sondas e plataformas na gest�o de Joel Ren� na Petrobras, que foi de 1999 a 2001, e CPI do Cachoeira.


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