Na quinta-feira, 28, a dire��o executiva do PSB, partido que conta com 33 deputados federais e sete senadores, se reunir� para definir uma posi��o sobre uma eventual administra��o Temer. A maioria do colegiado defende a mesma linha que hoje � majorit�ria no PSDB: n�o participar com cargos caso Temer assuma a Presid�ncia. A proposta � apoiada pela maioria da dire��o da legenda e defendida por dois caciques do partido, o vice-governador de S�o Paulo, M�rcio Fran�a, e o governador de Pernambuco, Paulo C�mara.
"Uma virtual nova administra��o precisa ter liberdade para escolher os melhores quadros. � preciso acabar com o toma l�, d� c�", diz o presidente do PSB, Carlos Siqueira. O discurso oficial do gabinete de transi��o � que eventual novo governo ter�, de partida, os 367 votos favor�veis ao impedimento de Dilma Rousseff na C�mara, n�mero que viabiliza a vota��o de uma Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC).
Centr�o
Na pr�tica, por�m, a "independ�ncia org�nica" dos dois maiores partidos de oposi��o tende a levar Temer para a permanente e desgastante negocia��o de varejo com partidos como PP, PSD e PR, que comp�em o chamado Centr�o.
"Tem partido que morreu com a Dilma e pode acabar ressuscitando no governo Temer", diz o deputado Silvio Torres (SP), secret�rio-geral do PSDB. Ele defende a licen�a do partido por tucanos que aceitarem cargos em eventual novo governo.
Para n�o perder o controle sobre suas bancadas, a c�pula do DEM j� visitou Temer. Disse que dar� apoio congressual ao novo governo, mas exigiu que qualquer conversa aconte�a em car�ter institucional. "Se ele precisar do apoio de um quadro nosso, a conversa ser� institucional", diz o senador Jos� Agripino, presidente do DEM. A lista de prioridades do partido j� est� definida: os deputados Mendon�a Filho (PE), Rodrigo Maia (RJ) e Jos� Carlos Aleluia (BA) e o senador Ronaldo Caiado (GO), aposta do DEM para 2018.
Aliados de Temer reconhecem que a proposta de reduzir o n�mero de minist�rios � simp�tica, mas dificultar� a montagem da base. A sa�da ser� ocupar o segundo escal�o, mas isso pode gerar um agenda negativa.