
O futuro presidente da comiss�o especial do impeachment no Senado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), apresentou nesta segunda-feira (25) a previs�o do calend�rio que deve ser adotado pela comiss�o. Segundo Lira, hoje � tarde, durante a Ordem do Dia no plen�rio da Casa, ser� feita apenas a elei��o formal dos 21 titulares e 21 suplentes que foram indicados pelos seis blocos partid�rios na semana passada.
O senador adiantou que somente amanh� (26), �s 10h, a comiss�o especial se reunir� para a elei��o do presidente e do relator. Como senador mais velho da comiss�o, ele mesmo vai dar in�cio aos trabalhos, mas depois ter� que passar para o segundo mais idoso, enquanto � feita a elei��o para o cargo de presidente, para o qual ele foi indicado.
Apesar das reclama��es de parlamentares aliados da presidenta Dilma Rousseff, Raimundo Lira confirmou que Antonio Anastasia (PSDB-MG) dever� ser o relator da comiss�o, mas admitiu que aliados ao governo poder�o apresentar outro nome se quiseram, a decis�o ser� do plen�rio do colegiado.
O futuro presidente da comiss�o especial adiantou tamb�m que ainda nesta semana os advogados que apresentaram o pedido de impeachment de Dilma – H�lio Bicudo, Jana�na Paschoal e Miguel Reale J�nior – ser�o ouvidos pelos senadores. No dia seguinte, ser� a vez do ministro da Advocacia- Geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, fazer a defesa da presidenta, no Senado.
A expectativa � de que o relat�rio sobre a admissibilidade do processo no Senado seja apresentado na comiss�o no dia 8 de maio. Depois disso, haver� prazo de 24 horas para vista dos senadores, ou seja: um tempo a mais para que eles possam analisar com calma o relat�rio, antes da vota��o no dia 9 de maio. Votado na comiss�o, ap�s 48 horas, no dia 12 de maio, independentemente do resultado, ele segue para an�lise do plen�rio da Casa. Nos dois casos a vota��o ser� feita por maioria simples. Caso, aprovada em plen�rio, a admissibilidade do processo contra a presidenta, Dilma � imediatamente afastada do cargo por 180 dias.
“Por ser composto por pol�ticos de mais idade, mais experi�ncia, aqui tradicionalmente � uma Casa mais calma � um poder moderador da Rep�blica brasileira. Portanto, eu acredito que todas as reuni�es, todo o andar da comiss�o vai ser feito com diverg�ncias, com contradit�rio, mas em um clima de muita tranquilidade”, avaliou.