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Estado de Minas

S�cio da Engevix diz � PF que Gim Argello exigiu R$ 5 milh�es


postado em 03/05/2016 12:19 / atualizado em 03/05/2016 12:38

Ex-senador Gim Argello está preso desde o dia 12 de abril passado(foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - 12/04/16)
Ex-senador Gim Argello est� preso desde o dia 12 de abril passado (foto: Dida Sampaio/Estad�o Conte�do - 12/04/16)
S�o Paulo - Um dos s�cios da empreiteira Engevix, o empres�rio Jos� Antunes Sobrinho, afirmou � Pol�cia Federal que o ex-senador Gim Argello (PTB), exigiu R$ 5 milh�es para n�o convoc�-lo a prestar depoimento da CPMI da Petrobras em 2014. Antunes Sobrinho � o segundo empreiteiro a acusar Argello.

Antunes Sobrinho dep�s no �ltimo dia 28 ao delegado da PF Luciano Flores de Lima, o mesmo que no dia 4 de mar�o conduziu coercitivamente o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para depor na Opera��o Aletheia.

Antes do s�cio da Engevix, o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, e o senador Delc�dio Amaral (ex-PT-MS), ambos em dela��o premiada, j� haviam atribu�do a Argello exig�ncia de propina para evitar a convoca��o na CPI de empreiteiros investigados na Opera��o Lava Jato.

Gim Argello foi preso na Opera��o Vit�ria de Pirro, 28ª fase da Lava Jato, em 12 de abril. O ex-senador � suspeito de ter recebido propina de R$ 5 milh�es da UTC e de R$ 350 mil da OAS. Os pagamentos teriam sido feitos para livrar as empresas da CPMI da Petrobras no Congresso - R$ 5 milh�es foram repassados para quatro partidos da Coliga��o Uni�o e For�a e R$ 350 mil foram parar em conta da par�quia S�o Pedro, de Taguatinga, frequentada pelo pol�tico.

Jos� Antunes Sobrinho contou que, no in�cio do m�s de julho de 2014, esteve em Bras�lia para conversar com o ent�o senador Gim Argello, vice-presidente da Comiss�o na �poca.

Segundo o empres�rio, em junho anterior, ele havia sido contatado pelo lobista Julio Camargo, por telefone, dizendo que "deveria ir a Bras�lia 'tomar um Gim T�nica'", referindo-se tamb�m a Gim Argello.

Segundo Antunes Sobrinho, o lobista lhe disse que estava sendo "muito pressionado por Gim Argello para que contatasse os demais empreiteiros a fim de que conversassem com ele, Gim, e tratassem para que n�o fossem chamados na CPI da Petrobras".

� PF, Antunes Sobrinho citou o empres�rio Paulo Roxo e o ex-assessor parlamentar Val�rio Neves Campos, supostos operadores de propina de Gim Argello.

O s�cio da Engevix disse que a reuni�o ocorreu no final da tarde na casa de Gim Argello, no Lago Sul de Bras�lia, onde estavam presentes dois assessores dele, "que parecem ser os mesmos que foram presos recentemente na carceragem desta Superintend�ncia, onde o declarante se encontra, os quais se chamam Paulo Roxo e Val�rio".

O encontro para discutir a propina teria durado 40 minutos. "O tom utilizado por Gim Argello foi como se fosse um grande favor que estava oferecendo ao declarante e que, se o declarante n�o quisesse participar do grupo de empreiteiros que deixaria de ser chamado na CPI, n�o teria problema, pois teria outros empreiteiros para colocar no lugar do declarante, mencionando que estariam oferecendo a mesma oportunidade para as empreiteiras OAS, Andrade Gutierrez, Galv�o Engenharia, Camargo Corr�a, Toyo Setal e UTC, dentre os nomes que se lembra neste momento", afirmou o empres�rio.

� Pol�cia Federal, Antunes Sobrinho relatou que "n�o aceitou tal proposta naquela oportunidade e disse a eles que iria conversar com Gerson Almada", um de seus s�cios na Engevix. O empres�rio afirmou que depois da reuni�o, Paulo Roxo "deve ter ligado umas 10 vezes" para ele, "solicitando saber qual era a posi��o da empresa sobre aquela solicita��o feita por Gim Argello".

"O declarante foi descartando tal possibilidade aos poucos e, definitivamente, n�o aceitou pagar tal solicita��o; que sobre as outras empreiteiras citadas, o declarante tem certeza que OAS, UTC e Toyo receberam as mesmas propostas de Gim Argello, sendo que tem certeza sobre a UTC porque Julio Camargo comentou que Ricardo Pessoa teria recebido os mesmos pedidos de Gim."

"Gim Argello, naquela reuni�o, pediu que o declarante pagasse, em nome da Engevix, o valor de R$ 5 milh�es para que o declarante ou qualquer outro da Engevix n�o fosse chamado a prestar declara��es na CPI ou CPMI da Petrobras", afirmou Jos� Antunes Sobrinho.

Em um trecho de seu relato, o empres�rio derruba a vers�o de que o dinheiro exigido pelo ex-senador seria destinado ao financiamento de campanhas eleitorais. "Que Gim Argello e Paulo Roxo nunca disseram que tais pagamentos seriam feitos por meio de doa��es eleitorais, sendo que em nenhuma das liga��es que recebeu de Paulo Roxo foi tratado, por ele, que estava ligando sobre eventuais doa��es eleitorais, e sim sobre o pedido feito por Gim Argello; que Gim Argello nunca falou que o dinheiro que ele estava fazendo seria para campanha eleitoral ou para um ou outro partido, deixando claro que tal pagamento seria simplesmente em troca de n�o serem chamados na CPI da Petrobras."


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