Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff usou mais um evento no Pal�cio do Planalto para fazer a defesa do seu mandato e afirmou que usar� todos os recursos dispon�veis contra o impeachment. "Luto e lutarei em todas as inst�ncias e com todos os instrumentos poss�veis (contra o impeachment)", afirmou, ressaltando que o processo � "fraudulento".
Segundo a presidente, nas opera��es de cr�dito com o Banco do Brasil, que est�o apontadas como base de descumprimento da lei de responsabilidade fiscal, "n�o consta que um atraso de pagamento � um empr�stimo", afirmou, destacando que os recursos usados pela Uni�o foram "devidamente pagos".
A presidente sugeriu que, al�m das raz�es pol�ticas, os questionamentos com as opera��es que envolvem o agroneg�cio podem ser porque "alguns discordam que se fa�a subven��o econ�mica para a agricultura". "E eu tenho imenso orgulho de ter feito esse processo em rela��o � agricultura."
Lan�ado em meio a controv�rsias, a cerim�nia praticamente n�o teve a presen�a de grandes nomes do agroneg�cio e nem contou com a tradicional claque que tem ocupado o sal�o nobre nas cerim�nias recentes do Planalto. Dilma, inclusive, desceu a rampa interna para o evento em sil�ncio e sem os ultimamente comuns aplausos e gritos de defesa do seu mandato. N�o houve, por exemplo, nenhum grito de "n�o vai ter golpe" e, durante sua fala, at� os aplausos foram raros e t�midos.
Logo no in�cio do seu discurso, Dilma agradeceu o apoio da ministra da Agricultura, K�tia Abreu, a quem classificou de "�ntegra, lutadora e digna" e reiterou as palavras da peemedebista de que a popularidade de fato vai e vem, "mas a integridade, a honradez e a lealdade, quando se perdem, se perdem para sempre."
Antes do discurso de Dilma, a ministra afirmou que as acusa��es que constam no processo de impeachment s�o infundadas e disse que, caso responsabilizem a presidente por conceder cr�dito ao agroneg�cio, ela quer ser correspons�vel. "Muito me entristece ver as acusa��es a sua pessoa, de lutarem para tentar tomar o seu mandato", afirmou. Segundo a ministra, uma das raz�es que apontam para afastar Dilma � "por ter acreditado na agricultura brasileira". "Se isso for verdade e se isso se concretizar, quero ser correspons�vel nesses atos porque foi eu que disse para investisse na agricultura e teria resposta."
Balan�o
Assim como a ministra, a presidente usou o lan�amento do Plano Safra para fazer uma esp�cie de balan�o das suas a��es para o setor e o governo tornou poss�vel em seis anos R$ 906 bilh�es para investimento e custeio. "A contrapartida disso foi o retorno fant�stico de R$ 2 trilh�es", afirmou.
Dilma disse ainda que o Brasil precisa desse suporte � agricultura e agropecu�ria e que o setor cuida da seguran�a alimentar, o que � estrat�gico em qualquer parte do mundo.
A presidente destacou o fato de o governo conseguir ofertar 8% mais cr�dito nesta safra do que na passada e disse que, com o plano agr�cola, "demos passo para fortalecimento e reconhecimento da atividade econ�mica. "Tenho certeza que a partir dessa safra teremos ainda maiores realiza��es estruturantes", afirmou. O Minist�rio da Agricultura anunciou nesta quarta que o total de cr�dito destinado ao Plano Agr�cola e Pecu�rio 2016/2017 ser� de R$ 202,88 bilh�es.
A presidente voltou a culpar o Congresso Nacional por algumas medidas econ�micas n�o terem sa�do do papel e disse que o governo tem trabalhado para combater o cen�rio adverso que a economia brasileira enfrenta. "Combatemos com o Plano Safra e com as medidas que ministro Nelson (Barbosa, Fazenda) enviou ao Congresso", afirmou. "Algumas est�o paralisadas desde o in�cio do ano. V�rias comiss�es est�o sem funcionar no Congresso; lamentamos at� porque sinais de recupera��o aparecem, como redu��o da infla��o e saldo da balan�a comercial."