
O clima no Pal�cio do Planalto era de absoluta normalidade. N�o havia expectativas com a leitura do relat�rio do processo de impeachment no Senado e nem em rela��o ao voto do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), pedindo a abertura do processo de afastamento da presidente. De acordo com interlocutores da presidente Dilma, n�o houve orienta��o para que o voto - que durou cerca de tr�s horas - fosse acompanhado atentamente e pouco se comentou ap�s a decis�o do tucano. "J� era mais do que esperado. Era t�o esperado que ningu�m nem assistiu", disse um assessor palaciano.
A estrat�gia para os pr�ximos passos, com a j� esperada aprova��o da admissibilidade do processo de impeachment no Senado, seguida do seu afastamento, dever� ser discutida na noite desta quarta-feira, no Pal�cio do Alvorada, em reuni�o entre a presidente Dilma, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e os seus ministros mais pr�ximos. Na ocasi�o, eles querem analisar o relat�rio de Anastasia, e o que o advogado da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, dever� enfatizar na defesa de Dilma que dever� fazer novamente no Senado. Nas conversas desta noite, tamb�m est�o na pauta a defesa do pedido de investiga��o ao Supremo Tribunal Federal, pelo procurador Geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, que pediu abertura de inqu�rito para investigar n�o s� Dilma, mas tamb�m Lula e Cardozo. Eles s�o acusados de tentativa de obstru��o das investiga��es da Lava-Jato.