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Estado de Minas

Caso assuma, Temer ter� maioria favor�vel de parlamentares no Congresso

Expectativa de aliados � que o vice-presidente tenha um c�u de brigadeiro pela frente. J� os opositores dizem que isso vai depender dos planos que ele pretende submeter aos parlamentares


postado em 08/05/2016 06:00 / atualizado em 08/05/2016 08:41

(foto: AFP / Andressa Anholete)
(foto: AFP / Andressa Anholete)

Com o desafio de tirar o Brasil de uma crise econ�mica e pol�tica que se arrasta desde o ano passado, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) deve encontrar um Congresso Nacional bem mais amig�vel do que teve a presidente Dilma Rousseff (PT) em um ano e quatro meses de segundo mandato. Caso se confirme o afastamento da petista e ele vire titular do Pal�cio do Planalto, Temer contar� com pelo menos 367 votos na C�mara dos Deputados, uma maioria folgada para aprovar os eventuais projetos que enviar. A princ�pio, como oposi��o, Temer ter� o PT, PCdoB, Psol, Rede e PDT, que somam, j� exclu�dos os seis infi�is pedetistas, 90 cadeiras.


A expectativa de aliados � que Michel Temer tenha um c�u de brigadeiro. J� os opositores dizem que isso vai depender dos planos que ele pretende submeter aos parlamentares. E mais: se as medidas ter�o apoio da popula��o. O peemedebista tem um programa de a��es consideradas amargas por alguns setores da sociedade. Ele deve come�ar com o controle dos gastos p�blicos e a revis�o dos programas sociais, mas tamb�m deve mexer na �rea previdenci�ria, controle de infla��o e juros.


Para o deputado federal Darc�sio Perondi (PMDB-RS), Temer ter� uma base extraordin�ria. “Pode aumentar ou diminuir um pouco, mas precisamos acima de 350 votos para aprovar emendas. Esse n�mero temos de sobra, � s� segurar e ele vai, porque a crise � verdadeira”, afirmou. O peemedebista afirma que o fato de o vice-presidente ter passado pelo Congresso e sido presidente da C�mara dos Deputados ser� um ponto a favor. “Ele tem o talento pol�tico e disse que vem � Casa pelo menos uma vez por m�s para conversar. As rela��es voltar�o a ser harmoniosas e produtivas”, prev�.


BURACO FISCAL
Segundo o peemedebista, Temer j� deve mandar projetos nas primeiras 72 horas em que assumir. “Ser�o principalmente na �rea fiscal, porque o Brasil est� em estado de pr�-insolv�ncia, mas tamb�m na trabalhista e previdenci�ria. Deve acabar com as desonera��es fiscais e rever os benef�cios vinculados ao sal�rio m�nimo, sen�o o governo n�o vai ter dinheiro para pagar a folha. O buraco fiscal � de R$ 300 bilh�es nos pr�ximos dois anos”, disse. Questionado sobre a impopularidade das medidas, Perondi rebateu: “Se n�o fizer as a��es o dinheiro nem vai chegar no bolso furado dos brasileiros, vai evaporar”, afirmou.


O deputado Roberto Freire (PPS-PE) afirma que a tend�ncia � que a sociedade apoie o enfrentamento da crise, pois o momento de dificuldade contribuiu para o apoio ao impeachment da presidente Dilma. “Posso dizer que esse movimento vai ocorrer, at� porque j� ocorreu no impeachment do ex-presidente Collor. A sociedade quer, em um primeiro momento, dar todas as condi��es ao governo para enfrentar a crise”, afirmou. O mesmo ocorre para dois ter�os dos deputados que votaram pelo impedimento. “At� porque, se n�o derem apoio, por que votaram no impeachment?”, disse. Freire, por�m, aconselha o futuro presidente a ter sensibilidade e tentar encontrar alternativas que n�o passem pelo aumento de impostos.

 

REA��O POPULAR Entre os que permaneceram na base da presidente Dilma, os futuros opositores de Temer, o discurso est� afinado. Eles entendem que nada que vier do eventual governo peemedebista ter� legitimidade para ser aprovado. “Um prov�vel governo transit�rio Michel Temer � um governo do imponder�vel. H� uma agenda complexa de uma crise econ�mica no Brasil que o impeachment n�o resolve e o pretenso governo Temer se embandeira de uma agenda muito negativa, a sociedade provavelmente vai reagir”, afirma a deputada federal J� Moraes (PCdoB – MG).

Al�m de esperar uma rea��o da popula��o, J� Moraes afirma que a base de Temer n�o est� t�o certa como se pensa. “Ele ter� que atender pedidos de cargos e aos que foram buscar mais espa�os de poder. N�o s�o s� os que se opuseram ao impeachment que ser�o oposi��o”, afirma. Para o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), � dif�cil aceitar um governo que n�o passou pelo crivo das urnas. “O que enviarem, em tese, n�o reconhecemos, porque � um governo que n�o tem legitimidade, j� que houve um golpe parlamentar”, afirmou.


CASSA��O
Autor do mandado de seguran�a que pediu para apensar o processo de impeachment do vice Michel Temer ao da presidente Dilma, Reginaldo Lopes afirma que a briga para tirar o peemedebista do poder, caso ele assuma, vai ser grande. “Para aqueles que acham que pedalada fiscal � crime, o Temer tamb�m deve ser cassado, pois tamb�m assinou cr�ditos. Estamos na luta contra o golpe at� quarta-feira e depois disso vamos ao Supremo Tribunal Federal questionar”, afirma.

Lopes, por�m, reconhece que Michel Temer pode ter uma boa base para implementar seu governo. “Al�m dos 367 que votaram pelo golpe ele est� fazendo uma ‘xepa’, distribuindo minist�rios para pagar a conta da conspira��o que fez”, afirma. O petista tamb�m questiona a composi��o do governo que vem sendo desenhada. “Ele traz um minist�rio de gente que teve p�ssimo desempenho e com nomes que s�o question�veis do ponto de vista �tico, al�m de uma plataforma derrotada nas urnas, que � essa ponte para o futuro.”


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