Bras�lia – A menos de uma semana da possibilidade de assumir a Presid�ncia da Rep�blica, o vice-presidente, Michel Temer, ainda esbarra em insatisfa��es da futura base aliada para concluir a equa��o da reforma ministerial. Ao longo da semana que passou, ele teve de desistir de Raul Cutait para a Sa�de por press�o do PP, n�o conseguiu fechar um nome para a Agricultura, ouviu do l�der do PPS, Rubens Bueno (PR), o conselho de n�o nomear pol�ticos investigados na Opera��o Lava-Jato e ainda foi criticado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) porque n�o conseguir� reduzir o n�mero de minist�rios.
Esse dilema tem sido enfrentado pessoalmente por Temer, obrigado a se acomodar nas incongru�ncias e desejos dos partidos. Exemplo disso foi o Minist�rio da Sa�de, com a escolha de Raul Cutait, que teve de ser abandonada no mesmo dia. O nome mais prov�vel agora � o do deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Ciente do poder crescente da bancada evang�lica na C�mara, Temer reservou duas pastas para o segmento. A primeira delas gerou rea��es acaloradas no meio cient�fico: a indica��o pelo PRB do ministro de Ci�ncia e Tecnologia, Marcos Pereira, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e presidente nacional da legenda. Temer tamb�m deve escolher um representante do PSC para o Minist�rio da Previd�ncia. A legenda � presidida pelo Pastor Everaldo e tem como seus principais nomes Marco Feliciano (SP) e Jair Bolsonaro (RJ).
O senador Blairo Maggi (PR-MT) usou o Twitter ontem para confirmar o convite feito pelo presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), para o Minist�rio da Agricultura na cota do partido em eventual governo de Temer.
O equil�brio pol�tico buscado por Temer � t�nue. O PSD de Gilberto Kassab ocupa, desde a posse de Dilma, o Minist�rio das Cidades, uma das pastas com o or�amento mais robusto e respons�vel pelas obras do Minha casa, minha vida. “Todos concordam que o PSD e o Kassab continuem no governo. Mas n�o em Cidades. Se isso acontecer, a bancada do PSD ficar� independente e analisar� projetos encaminhados por Temer ao Congresso caso a caso”, disse um cacique pessedista.