Guimar�es afirmou que a disposi��o do governo e dos aliados � de "n�o entregar os pontos no Senado", que dever� aprovar em plen�rio nesta quarta-feira, 11, o prosseguimento do processo de impeachment. Uma vota��o desfavor�vel levar� ao afastamento de Dilma da presid�ncia por at� 180 dias, at� a vota��o final do caso.
"Se o Senado aprovar (o prosseguimento do processo de impeachment), temos condi��es plenas de reverter em um segundo momento. Est� havendo uma mudan�a muito grande na opini�o p�blica. Estamos seguros de que vamos lutar at� o fim, essa � a orienta��o da presidente Dilma. O governo Dilma est� muito maior do que quando come�ou o processo de impeachment na C�mara", disse.
O petista reconheceu que tamb�m houve press�o, que chamou de "articula��o", por parte dos governistas para que Maranh�o anulasse as sess�es que levaram ao impeachment da presidente na C�mara. No domingo, 8, o presidente interino da C�mara reuniu-se com o advogado-geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, defensor de Dilma no Congresso, e com o governador do Maranh�o, Fl�vio Dino (PCdoB), aliado da presidente, com quem discutiu a anula��o das sess�es.
O l�der evitou comentar a fragilidade de Maranh�o no comando da C�mara, especialmente no momento em que o presidente em exerc�cio desagradou advers�rios e aliados do governo, ao anular o processo de impeachment e depois voltar atr�s.
Guimar�es negou que o encontro com os jornalistas tivesse clima de despedida do cargo, na v�spera da vota��o no plen�rio do Senado. O petista provocou aliados de Temer no Congresso, ao comentar a possibilidade de o poss�vel governo do peemedebista enviar medidas impopulares como as mudan�as nas regras da aposentadoria. "Quero ver a oposi��o defender a reforma da Previd�ncia", disse. O pr�prio PT foi contra a reforma quando o governo da presidente Dilma tentou aprovar novas regras no Legislativo.
Ao longo dos pr�ximos 180 dias, depois de eventual afastamento da presidente, Guimar�es defende que os aliados de Dilma atuem em tr�s frentes, inclusive com recursos � Justi�a. O l�der afirmou, no entanto, que falava em seu nome e n�o no do governo. "N�o sei qual vai ser o desfecho, mas minha opini�o pessoal � lutar em tr�s esferas: nas ruas, para dar mais velocidade (�s manifesta��es pr�-Dilma); n�o entregar os pontos no Senado e atuar tamb�m no Judici�rio".
Guimar�es cobrou novos levantamentos dos institutos de pesquisa e disse ter certeza de que a popularidade da presidente Dilma aumentou. Ele afirmou que n�o h� hip�tese de a presidente renunciar ao cargo, mesmo que amanh� o Senado aprove o afastamento de Dilma.
Guimar�es defendeu que, com Dilma ou Temer no governo, a esquerda deve ser organizar em uma "frente ampla para discutir algo mais estrat�gico para o Pa�s". Segundo o l�der, o diret�rio nacional do PT vai se reunir nos pr�ximos dias 16 e 17, em Bras�lia.