Eram 10h59 desta quinta-feira, 12, quando o senador Vicentinho Alves (PR-TO), primeiro secret�rio do Senado, entregou � presidente Dilma Rousseff a notifica��o de afastamento do cargo por at� 180 dias, como determina o processo de impeachment. "Mas eu fico com uma c�pia?", perguntou ela.
Dilma estava no gabinete presidencial, no terceiro andar, e assinou o papel sobre a mesa de trabalho vazia, sem as fotos da filha Paula e dos netos e sem a imagem de tr�s Nossa Senhora que ali ficavam. Tinha os olhos inchados, mas, naquele momento, n�o chorou.
"Ele j� foi?", perguntou a j� presidente afastada aos ex-ministros e auxiliares que acompanharam a cena hist�rica, numa refer�ncia a Alves. O gabinete estava lotado.
Ao ser informada de que o primeiro-secret�rio do Senado j� havia partido, Dilma andou pelo gabinete e cumprimentou os amigos. Depois, deu a �ltima ordem. "Agora vamos que tenho de descer", afirmou ela, pouco antes do pronunciamento que fez no Sal�o Leste do Pal�cio do Planalto, no segundo andar. Ficaram mais um minuto com ela, por�m, os ex-ministros Jos� Eduardo Cardozo (Advocacia Geral da Uni�o), Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da Presid�ncia) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), do antigo n�cleo duro.
Na Pra�a dos Tr�s Poderes, � espera de Dilma, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva n�o conteve as l�grimas. "O que mais d�i � essa situa��o que estamos vivendo agora, a inomin�vel dor da injusti�a e da trai��o", discursou ela, ao lado de Lula, enquanto militantes do PT, da CUT, do MST e de outros movimentos sociais gritavam "Fora Temer".
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"Mas eu fico com uma c�pia?", pergunta Dilma ao assinar intima��o do afastamento
Dilma estava no gabinete presidencial, no terceiro andar, e assinou o papel sobre a mesa de trabalho vazia, sem as fotos da filha Paula e dos netos e sem a imagem de tr�s Nossa Senhora que ali ficavam. T
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