
O presidente em exerc�cio disse ter "legitimidade constitucional", mas reconheceu que o apoio popular s� vir� com eventual sucesso da gest�o. "Fui eleito com a senhora presidente. Os votos que ela recebeu eu tamb�m os recebi. Especialmente porque, quando n�s fizemos a alian�a, evidentemente que o PMDB trouxe muitos votos � nossa chapa. Mas eu reconhe�o que n�o tenho essa inser��o popular e que s� ganharei, s� terei, se, leg�timo como � o nosso governo, ainda que interinamente, eu produzir efeito ben�fico para o Pa�s", disse.
Questionado sobre a a��o no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a impugna��o dele e da presidente afastada Dilma Rousseff, Temer defendeu a an�lise separada das contas.
Sobre as declara��es do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que pode rever regras da Previd�ncia, foi cauteloso. "N�s n�o examinamos esse assunto ainda." Mas citou d�ficit na aposentadoria. "Daqui a alguns anos quem sofrer� as consequ�ncias ser�o os aposentados."
Segundo Temer, uma das prioridades "� a aten��o com os mais carentes". Ele disse que eventual ajuste vai preservar a �rea social. "Se for necess�rio, cortarei de outros setores", afirmou, ao enfatizar que deve manter programas sociais do PT.
Minist�rio
O presidente em exerc�cio rebateu as cr�ticas de que formou um Minist�rio "machista". "Eu contesto a afirma��o de que n�o h� nenhuma mulher", disse, ao citar que a chefia de gabinete da Presid�ncia � ocupada por uma mulher. Afirmou que, na Cultura, quer uma "representante do mundo feminino", assim como na Cidadania e Ci�ncia e Tecnologia - cargos que n�o t�m status de ministro.
Segundo ele, a aus�ncia de "not�veis" na Esplanada ocorreu porque ele teve "de fazer uma composi��o de natureza pol�tica". Ele prometeu demitir ministros que cometerem irregularidades. "Se um ou outro n�o proceder adequadamente, estar� fora da equipe. Se houver irregularidades, eu demito o ministro."
Sobre cita��es ao nome dele na Lava Jato, negou ter "patrocinado" a indica��o de diretores da Petrobras. Ele lembrou que a Procuradoria-Geral da Rep�blica n�o viu motivos para investig�-lo. Sobre o ministro Romero Juc� (Planejamento), alvo da Lava Jato, Temer elogiou o colega e lembrou que ele n�o � r�u. Se ele se tornar r�u, disse que vai "examinar o caso".
Temer afirmou que, se for efetivado no cargo, a mulher dele, Marcela, assumir� uma fun��o no governo e coordenar� a �rea social. "Ela tem muita preocupa��o com as quest�es sociais."