"Pode ser que haja algum agravamento na troca com um pa�s ou outro, mas que sejam apenas casos isolados e que haja normaliza��o ao se atingir a compreens�o das circunst�ncias", opinou.
Na sexta-feira, 13, o novo ministro das Rela��es Exteriores, Jos� Serra, divulgou notas de rep�dio a declara��es de pa�ses da Am�rica Latina e do secret�rio-geral da Uni�o das Na��es Sul-americanas (Unasul), Ernesto Samper, que criticaram o processo de impeachment que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) e a ascens�o do vice Michel Temer (PMDB) a presidente da Rep�blica em exerc�cio.
Nas notas, o Minist�rio das Rela��es Exteriores cita a Unasul e os governos de Venezuela, Cuba, Bol�via, Equador e Nicar�gua. Um dos documentos afirma que Samper apresentou argumentos err�neos, que "deixam transparecer ju�zos de valor infundados e preconceitos contra o Estado brasileiro". Na segunda nota, o Itamaraty declara que "rejeita enfaticamente as manifesta��es dos governos da Venezuela, Cuba, Bol�via, Equador e Nicar�gua, assim como da Alian�a Bolivariana para os Povos de Nossa Am�rica (Alba), que se permitem opinar e propagar falsidades sobre o processo pol�tico interno no Brasil".
"� um tom forte em resposta a um tom certamente forte e invasivo", observou Benke.
Quanto �s cr�ticas dos pa�ses da Am�rica Latina ao impeachment, o presidente do Cebri classifica como inapropriadas e v� inger�ncia sobre um processo institucional que ainda est� em andamento no Pa�s. "� um grau de inger�ncia forte e n�o apropriado pelo tom e conte�do, sobretudo sobre um processo que ainda est� em curso", avalia.
Benke alerta que o processo de impeachment n�o � simples e, embora seja um assunto dom�stico, � necess�rio dar transpar�ncia e passar informa��es � comunidade internacional. "O processo de impeachment � complexo e se faz necess�ria uma a��o diplom�tica ampla para que se traga transpar�ncia em rela��o ao mesmo junto a comunidade internacional."