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Estado de Minas

Minist�rio P�blico aponta 'tesouro' mantido por Collor

De acordo com investiga��es do Minist�rio P�blico, o senador Fernando Collor mant�m rotina de compras de luxo relativas a antiguidades, porcelanas e joias


postado em 16/05/2016 09:07 / atualizado em 16/05/2016 09:29

Senador Fernando Collor(foto: Ed Alves/CB/D.A. Press)
Senador Fernando Collor (foto: Ed Alves/CB/D.A. Press)
S�o Paulo - A ofensiva da Procuradoria-Geral da Rep�blica sobre a cole��o de obras de arte do senador Fernando Collor (PTC-AL) levou � descoberta de uma rotina de compras de luxo do parlamentar. Leiloeiros entregaram aos investigadores notas fiscais que somam mais de R$ 1,5 milh�o gastos em antiguidades, porcelanas e joias.

A investiga��o sobre as raridades de Collor avan�ou ap�s o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, receber uma carta escrita por uma testemunha an�nima em outubro de 2015. A testemunha indicou uma galeria, um escrit�rio e um restaurador por meio dos quais o parlamentar teria desembolsado uma fortuna. O Minist�rio

P�blico Federal enviou, ent�o, of�cios de requisi��o de informa��es aos leiloeiros.

Collor � investigado em seis inqu�ritos na Opera��o Lava Jato. Al�m de inqu�rito envolvendo carros de luxo, o senador foi denunciado em outro processo, acusado de participar de esquema na BR Distribuidora.

Em julho do ano passado, durante uma das etapas da Lava Jato, a Pol�cia Federal apreendeu na Casa da Dinda, resid�ncia do senador, carros de luxo - tr�s exemplares das marcas Porsche e Ferrari, al�m de um modelo quase exclusivo da Lamborghini. Segundo a PF, os ve�culos podem ter sido pagos com recursos de propina.

"O leiloeiro Emerson Curi encaminhou notas fiscais de vendas de antiguidades e obras de arte a Fernando Affonso Collor de Mello nos anos de 2010, 2011 e 2013, tendo cada uma dessas opera��es atingido os valores de R$ 651.840, R$ 198.660, R$ 90.195, R$ 215.500, R$ 242.800 e R$ 135.200. Enviou-se ainda uma nota de venda a Roberto Mitsuuchi em 2014 no valor de R$ 276.832", diz a Procuradoria.

As seis notas entregues por Emerson Curi est�o em nome de Fernando Collor de Mello. O documento de n�mero 000031, datado de 5 de setembro de 2013, aponta que o senador gastou R$ 215.500 em 11 pe�as, entre elas uma sopeira de prata (R$ 21 mil), jogo de copos de cristal veneziano (R$ 17.500) e um faqueiro de prata inglesa com 202 pe�as (R$ 46 mil).

No recibo 000030, de mesma data, outras 11 pe�as custaram R$ 242.800. Na lista est�o fruteira de bronze e porcelana (R$ 4 mil), jarra para �gua de prata francesa (R$ 30 mil) e par de poltronas Lu�s XVI (R$ 135 mil).

Entre os documentos h� tamb�m um recibo de "compra ainda pendente de acerto". O papel tem duas datas, novembro de 2014 e 10 de novembro de 2015, e faz refer�ncia a Roberto Mitsuuchi. "Recebemos de Roberto Mitsuuchi a import�ncia de R$ 276.832, referente a compras realizadas em leil�o, conforme relacionado acima", diz a nota, que n�o tem assinatura.

"Ila��o"

Collor afirmou que a participa��o em leil�es mediante representante, procurador ou broker � pr�tica comum para assegurar o pre�o justo e a n�o infla��o dos lances em raz�o da identidade do comprador. "Todas as obras adquiridas foram pagas com recursos pr�prios, de origem l�cita, com emiss�o de notas fiscais em seu nome. A ila��o de pr�tica de lavagem a partir de den�ncia an�nima sem qualquer comprova��o � conduta absolutamente irrespons�vel e temer�ria, n�o merecendo qualquer credibilidade."

Roberto Mitsuuchi afirmou que representou Collor em leil�es de arte, "sempre dentro da legalidade". "Os pagamentos das obras adquiridas sempre foram feitos diretamente por ele, inclusive em seu nome foram emitidas as devidas notas fiscais. Jamais me prestaria a ser laranja de qualquer pessoa", disse.


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