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Estado de Minas

Carta an�nima aponta 'laranja' de Collor em compra de obras de arte


postado em 16/05/2016 09:07 / atualizado em 16/05/2016 09:36

Senador Fernando Collor(foto: Ed Alves/CB/D.A.)
Senador Fernando Collor (foto: Ed Alves/CB/D.A.)
S�o Paulo - Carta escrita por uma testemunha an�nima e endere�ada em outubro de 2015 ao procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, abriu caminho para uma investiga��o sobre o "acervo" mantido pelo senador Fernando Collor (PTC-AL). A testemunha indicou uma galeria, um escrit�rio e um restaurador.

A partir dessas informa��es, a Procuradoria-Geral da Rep�blica, com autoriza��o do Supremo Tribunal Federal, deflagrou a Opera��o Catilin�rias - desdobramento da Lava Jato -, em dezembro do ano passado. A carta ap�crifa havia sido enviada dois meses antes. Ao STF, Janot relatou que, "de posse desses dados, o Minist�rio P�blico realizou dilig�ncias preliminares para confirmar a veracidade das informa��es an�nimas".

"Ilmo. Senhor Procurador-Geral da Rep�blica, Dr. Rodrigo Janot. H� cerca de 2 meses estou para escrever a V. Exa depois que foi difundido nos meios de comunica��o social sobre a apreens�o de bens nomeadamente carros do senador Fernando Collor de Mello", escreveu a testemunha, em 36 linhas datilografadas.

Para fazer chegar sua correspond�ncia �s m�os de Janot, em Bras�lia, o denunciante identificou-se com nome e endere�o fict�cios. "O senador n�o � s� colecionador de carros, mas tamb�m de obras de arte, sobretudo pe�as raras e importantes de alto colecionismo, que vai desde pinturas modernistas a pratas, baixelas, tapetes persas, joias, m�veis, porcelanas, a esculturas art deco de Fernand Preiss a Chiparus, entre outras raridades adquiridas em leil�o."

A testemunha afirmou a Janot, na carta, que Collor adquiria suas obras de arte em leil�es, mediante a intermedia��o de um restaurador de nome Roberto Mitsuuchi, e os pagamentos ocorreriam em esp�cie.

"Como � �bvio o senador n�o dava a cara nem aparecia, ent�o para as compras tinha um 'laranja', de nome Roberto Mitsuuchi, com a profiss�o de restaurador em S�o Paulo, que realizava as compras, muitas in loco ao telefone com o senador para dar os lances, os pagamentos sempre em esp�cie com quantias que variavam entre 200 e 300 mil reais em presta��es, bem como a retirada das mesmas e era este que realizava as entregas na casa de Bras�lia no Lago Norte, conhecida como Casa da Dinda", diz a carta.

Di Cavalcanti


A carta cita a compra de uma obra de Di Cavalcanti. "Eu chamo a aten��o do senhor procurador, para antes de atuar, chamar os agentes da PF que fizeram buscas nas casas do senador, e lhes pergunte como estas estavam decoradas, com certeza que lhe v�o confirmar com obras de arte e antiguidades diversas. Inclusive junto c�pia do cat�logo da obra de Di Cavalcanti adquirida por cerca de R$ 2 milh�es.

A cita��o chamou a aten��o dos investigadores. Durante outra opera��o, em julho do

ano passado, na Casa da Dinda, a Pol�cia Federal havia apreendido carros de luxo e obras de arte, entre elas, um quadro de Di Cavalcanti. Segundo o procurador, "no mesmo local foi apreendido um quadro de Di Cavalcanti cuja descri��o � compat�vel com a reprodu��o anexada � representa��o ap�crifa".


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