Falc�o preside nesta segunda uma reuni�o da Executiva Nacional do PT, a primeira depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff por at� 180 dias, aprovado pelo Senado. O encontro antecede o do Diret�rio Nacional, marcado para ter�a-feira, que tamb�m contar� com a presen�a de governadores e prefeitos do partido e vai definir o modelo de oposi��o a Temer.
Deputados petistas pregam oposi��o ferrenha e prometem obstruir vota��es na C�mara, mesmo quando os projetos enviados pelo presidente em exerc�cio forem semelhantes aos que o PT sempre defendeu, � o caso da proposta de recria��o da Contribui��o Provis�ria Sobre Movimenta��o Financeira (CPMF).
"Mal come�ou e o governo usurpador confirma o que j� prev�amos. Em sua primeira entrevista - e na de alguns ministros -, o presidente interino anuncia a disposi��o de avan�ar em privatiza��es, em rever pol�ticas sociais e de reforma agr�ria, bem como de acabar com o multilateralismo da pol�tica externa brasileira, retornando � depend�ncia dos Estados Unidos", afirmou Falc�o, no artigo publicado no site do PT. "Num minist�rio sem mulheres e negros, com v�rios ministros investigados por corrup��o, a revoga��o de direitos n�o se resume � reforma da Previd�ncia, com fixa��o de idade m�nima".
Falc�o tamb�m criticou o novo titular da Fazenda, Henrique Meirelles, chamado por ele de "interino da Fazenda", e disse que o desmonte da seguridade social, incluindo a Previd�ncia, "faz parte do programa neoliberal 'Uma Ponte para o Futuro'", lan�ado pelo PMDB no ano passado.
Para o presidente do PT, medidas tomadas pelo novo governo, como "cancelamento de recursos para o MST e sufocamento dos blogueiros" de esquerda revelam o "car�ter repressivo dos ocupantes provis�rios do Planalto".
"O PT continuar� alinhado com os partidos, frentes e movimentos do "N�o ao Golpe. Fora Temer!", participando e organizando atos, eventos e manifesta��es em defesa da democracia, da Justi�a e do Estado de Direito", insistiu Falc�o.
Novas elei��es
A c�pula do PT, por�m, est� dividida sobre o tom da estrat�gia de oposi��o ao governo Temer. � procura de uma bandeira que v� al�m do discurso do "golpe" contra Dilma, o comando petista pode apoiar at� mesmo a proposta de antecipa��o das elei��es presidenciais, mas ainda h� diverg�ncias sobre o rumo a seguir.
O PT tamb�m abriga diferentes posi��es sobre a forma de tratar, a partir de agora, projetos que antes contavam com a simpatia do partido, como a CPMF.
"Nada do que vier desse governo ileg�timo ser� aprovado por n�s. Faremos oposi��o ferrenha", resumiu o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
Nem todos, por�m, t�m a mesma opini�o. "Em princ�pio, o que n�s defend�amos antes, continuaremos defendendo. Se os recursos da CPMF forem vinculados � sa�de, a proposta pode ter nosso apoio. Eu sou favor�vel a isso", argumentou o ex-l�der do governo no Senado Humberto Costa (PT-PE), que foi ministro da Sa�de no primeiro mandato de Luiz In�cio Lula da Silva.