
A press�o parte, principalmente, de personagens importantes que estiveram ao lado de Temer na batalha do impeachment: o presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), da For�a Sindical.
Em reuni�o agendada para as 15 horas no Pal�cio do Planalto, ao menos quatro das maiores centrais do Pa�s - For�a Sindical, Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros e Nova Central Sindical de Trabalhadores - pressionar�o Temer, Meirelles, Eliseu Padilha (Casa Civil) e o novo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a rever alguns pontos anunciados por Meirelles em entrevista coletiva na �ltima sexta-feira, 13.
Do lado dos empres�rios, o presidente da Fiesp se reuniu na noite deste domingo, 15, com Temer, em S�o Paulo. A pauta foi a proposta de recria��o da CPMF ou de outro imposto transit�rio, ideia que n�o � descartada por Henrique Meirelles. "O pato est� a postos e tem como prioridade dizer n�o ao aumento", afirmou Skaf no s�bado em entrevista � R�dio Ga�cha, numa refer�ncia ao pato infl�vel da campanha da entidade contra impostos.
O primeiro grupo rejeita fortemente a recria��o da CPMF, ainda que tempor�ria, e o segundo teme os rumos da reforma da Previd�ncia. Geddel Vieira Lima, ministro da Secretaria de Governo, se diz, pessoalmente, contra a recria��o da CPMF.
"Sou pessoalmente contra a cria��o da CPMF, mas vou adotar a postura do governo", disse Geddel em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Em entrevista ao programa Fant�stico, da TV Globo, Meirelles disse que o ideal � que se consiga equilibrar o or�amento apenas com o corte de despesas e, assim, n�o seja necess�ria a volta do imposto.
Sindicatos
As centrais s�o contra a reforma da Previd�ncia, em especial em rela��o � idade m�nima e ao aumento do tempo de contribui��o. Outro ponto que elas querem discutir hoje com o novo governo � a revis�o da legisla��o trabalhista.
Na sexta, Meirelles disse que a proposta de reforma da Previd�ncia deve respeitar os direitos adquiridos. Mas ressaltou que esse conceito � "impreciso". Afirmou ainda que sua equipe trabalha em cima de revis�o da legisla��o trabalhista. Tamb�m para o Fant�stico, ele afirmou que o assunto tem de ser debatido com a opini�o p�blica e o Congresso.
Temer quer convencer as centrais de que algumas medidas s�o necess�rias, apesar de duras. Dir� que a proposta de reforma da Previd�ncia tem por objetivo conter os gastos p�blicos e que as leis trabalhistas precisam ser modernizadas.
Conforme antecipou neste domingo, 15, no estad�o.com a Coluna do Estad�o, na reuni�o desta segunda com as centrais sindicais, Michel Temer e Henrique Meirelles ser�o claros na conversa. Ambos dir�o aos representantes dos sindicalistas que o governo vai apresentar uma proposta de reforma da Previd�ncia Social para o Congresso como forma de conter os gastos enormes que o setor hoje representa.
Proje��es feitas por t�cnicos do governo indicam que o sistema previdenci�rio poder� entrar em crise a partir de 2020, se os gastos n�o forem contidos por algum tipo de reforma.
Rea��es
Al�m de conseguir apoio, o encontro visa debelar uma poss�vel rebeli�o das centrais sindicais. As entidades ainda n�o falam em a��es pr�ticas, mas informaram que, quando as negocia��es come�arem efetivamente, v�o levar as propostas para os trabalhadores para estudar a rea��o mais adequada, caso medidas mais duras prosperem.
Para o presidente em exerc�cio, esse cen�rio � ruim, pois ele j� n�o det�m o apoio das centrais ligadas ao PT, como a Central �nica dos Trabalhadores (CUT), a maior do Pa�s, e a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Ambas foram convidadas para a reuni�o, mas, at� o in�cio da noite de domingo, nenhuma havia confirmado presen�a.