
O fato de ser aliado declarado do presidente afastado da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), faz com que o deputado Andr� Moura sofra resist�ncia de parlamentares que defendem maior autonomia na condu��o dessas articula��es na Casa. Por outro lado, Moura � l�der do PSC h� quatro anos e sempre foi reconduzido � fun��o sem qualquer questionamento da bancada. Pessoas pr�ximas a ele chegam a relatar um grau de constrangimento do parlamentar que evita falar com jornalistas sobre a especula��o envolvendo sua indica��o para o cargo.
Um fator complicador para Moura � a ainda indefinida posi��o do PSC em rela��o ao governo de Michel Temer. O presidente do partido, pastor Everaldo, que estava em Israel at� o �ltimo domingo, chegou a Bras�lia ontem (16) e pode marcar reuni�o com a bancada para que comecem a tratar do assunto.
Maia permanece no sentido oposto. O democrata esteve ao lado de parlamentares de seu partido, al�m de tucanos e do PPS que defenderam o afastamento de Cunha da presid�ncia da Casa, quando come�aram a aumentar acusa��es sobre envolvimento de Cunha em esquemas irregulares de recebimento de propina em troca da viabiliza��o de contratos e neg�cios envolvendo empresas e estatais brasileiras, como a Petrobras.
Nos bastidores, a aposta mais forte recai sobre o nome de Maia, mas a decis�o depende apenas do presidente da Rep�blica interino. Com o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e a ascens�o do novo comando do Executivo, Michel Temer tenta dar respostas ao pa�s e a escolha de seus articuladores no Congresso ser� term�metro para avaliar qual o poder de negocia��o e influ�ncia na aprova��o de mat�rias que est�o sendo elencadas como priorit�rias.
Al�m do l�der do governo, h� ainda mudan�a na lideran�a do PMDB, partido presidido por Temer. A fun��o est� vaga desde Leonardo Picciani (RJ) foi empossado como ministro do Esporte. O substituto de Picciani (RJ) deve ser Luiz Felipe Baleia Rossi (PMDB-SP) que, segundo peemedebistas, j� conseguiu consenso na bancada. Ainda s�o esperadas mudan�as nas lideran�as dos blocos da maioria, antes ocupado por aliados de Dilma, e de minoria, que agora deve ser assumida pelo PT.