
“Os trabalhadores n�o est�o no minist�rio do Temer. Foi montado um minist�rio, e os trabalhadores foram esquecidos”, disse Paulinho momentos antes de participar da reuni�o com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e com representantes de �rg�os federais ligados � Previd�ncia, Fazenda, Trabalho e Planejamento. O sindicalista apontou alguns riscos que o governo Temer pode correr, caso n�o leve em conta as considera��es apresentadas pelas centrais.
“Temer tem de fazer de tudo para n�o juntar os contr�rios. Hoje est� claro que h�, no movimento sindical, uma grande divis�o. H� quatro centrais que vieram aqui e duas que n�o vieram. Se ele [Temer] come�a a apertar os trabalhadores, ele junta esse povo. A� a situa��o dele complica mesmo”. Entre as entidades ligadas a trabalhadores, participam da reuni�o a For�a Sindical, a Central dos Sindicatos Brasileiros, a Uni�o Geral dos Trabalhadores e o Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos.
Paulinho da For�a antecipou algumas das argumenta��es que ser�o apresentadas durante a reuni�o. “Em hip�tese nenhuma aceitamos [altera��es na] idade m�nima para quem j� est� no mercado de trabalho, ou seja, para quem j� est� na regra da previd�ncia, e regra de transi��o. Afetar trabalhadores na ativa � algo inegoci�vel. Seria um caos. Imagina uma reforma que prejudique 49 milh�es de brasileiros. Isso n�o passa. � penalizar as pessoas que est�o no mercado e que foram contratados dentro dessa regra”, disse o sindicalista.
Ele, no entanto, acena com a possibilidade de que novas regras venham a ser aplicadas no caso de trabalhadores que ainda n�o entraram no mercado de trabalho. “Para os novos trabalhadores, a partir da lei aprovada, n�s podemos concordar”.
“Na reuni�o, vamos insistir que n�o � preciso fazer uma reforma da Previd�ncia. Primeiro tem de fazer um amplo debate para verificar o que est� acontecendo no interior da Previd�ncia. Vamos brigar para tirar a desonera��o da folha, que � o caos da previd�ncia e vai quebr�-la; vamos atr�s dos filantr�picos, que n�o pagam a previd�ncia; vamos atr�s dos sonegadores”, argumentou.
“E tem de ver o agroneg�cio que n�o paga a previd�ncia rural. Tudo isso precisa ser feito antes para depois ver o que sobra e corrigir [por meio de uma reforma previdenci�ria]. O d�ficit da Previd�ncia est� no setor rural, que teve d�ficit de R$ 89 bilh�es no ano passado e arrecadou apenas R$ 7 bilh�es. Est� errada a coisa na zona rural, porque n�o cobram dos fazendeiros do agroneg�cio, que ganham milh�es no Brasil inteiro. Tem de corrigir isso, e fazer todos pagarem a Previd�ncia, inclusive de quem produz no campo”, acrescentou.