
O governo federal inicia nesta quarta-feira uma rodada de negocia��es com as centrais sindicais para discutir mudan�as na Previd�ncia Social. O grupo de trabalho foi criado pelo presidente em exerc�cio, Michel Temer, na segunda-feira (16) com a participa��o, al�m das centrais sindicais, de representantes do Congresso Nacional, garantindo assim antecipar futuros impasses no Legislativo, evitando comprometer a aprova��o das mudan�as que o governo pretende propor por meio de Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC).
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, cujo minist�rio passou a acumular a pasta da Previd�ncia, extinta no governo do presidente em exerc�cio, Michel Temer, disse na sexta-feira (13), em entrevista coletiva, que hoje o mais importante � garantir o pagamento da aposentadoria, mais do que saber quanto ser� o valor da aposentadoria e com que idade m�nima o trabalhador ter� direito a se aposentar. Na ocasi�o, Meirelles falou que o governo estudava proposta de idade m�nima com um per�odo de transi��o. A rea��o de centrais sindicais foi imediata, fruto do medo inclusive de cortes de direitos adquiridos. Para evitar empacar a reforma, o presidente em exerc�cio, Michel Temer, convocou centrais sindicais para a reuni�o ocorrida nessa segunda-feira.
Com exce��o da Central �nica dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que n�o participaram da reuni�o, Michel Temer ouviu reclama��es sobre a ideia de fixar uma idade m�nima para a aposentadoria. Os participantes do encontro disseram que v�o tentar sensibilizar as demais centrais para que participem dos debates.
Apesar dos argumentos da equipe econ�mica do governo, tendo em vista o rombo da Previd�ncia e o d�ficit fiscal, os sindicalistas alegam que antes de pensar em reformar a Previd�ncia, � preciso buscar outras fontes de receitas, e que os trabalhadores n�o podem, mais uma vez, arcar com o �nus da crise econ�mica.
Grupo de Trabalho
O grupo de trabalho � composto por dois representantes de cada central sindical e de parlamentares e coordenado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O governo tem pressa e j� informou que quer apresentar em 30 dias uma proposta de reforma da Previd�ncia. Embora tenha a inten��o de ouvir as propostas e buscar um consenso antes de encaminh�-las ao Congresso, o governo j� prev� que pelo menos um dos dois fatores, a idade ou o tempo de contribui��o, ter� impacto com as mudan�as.
Em contrapartida, o governo vem afirmando que n�o h� outra sa�da para que o pa�s volte a crescer a n�o ser equacionar o rombo da Previd�ncia, estimado em R$ 167 bilh�es, al�m de outras medidas para retomar a confian�a do mercado. Juntamente com o d�ficit fiscal, calculado em R$ 130 bilh�es _ cujo valor exato est� sendo objeto de levantamento neste semana, conforme afirmou o ministro Henrique Meirelles em entrevista nessa ter�a-feira (17)_, a aposentadoria tem motivado os primeiros passos do governo de Michel Temer.