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Estado de Minas

Eduardo Cunha continua mandando na C�mara e no governo

Presidente afastado da C�mara dos Deputados mant�m parte do seu poder por meio dos aliados que ele conseguiu emplacar em cargos importantes do Congresso e do Executivo


postado em 19/05/2016 06:00 / atualizado em 19/05/2016 07:29

(foto: Arte/Quinho)
(foto: Arte/Quinho)

Mesmo afastado da presid�ncia da C�mara dos Deputados e at� do cargo de deputado federal por seu envolvimento na Opera��o Lava-Jato e pelas seguidas manobras para tentar salvar o seu mandato, o principal articulador do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Legislativo, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), garantiu poder de influ�ncia no governo do presidente Michel Temer. O peemedebista emplacou aliados em algumas das principais posi��es na Casa e at� em um alto posto do Executivo. Eles v�o ter participa��o decisiva em �reas sens�veis, como a or�ament�ria e a articula��o para as vota��es no Congresso. De quebra tem assento na inst�ncia que pode livr�-lo do processo de cassa��o que se arrasta h� meses na Casa.

Um dos principais cargos ficou com o deputado federal Andr� Moura (PSC-CE), al�ado ao posto de l�der do governo com o apoio do Centr�o, bloco que congrega 280 deputados. Caber� a ele as articula��es para as vota��es da reforma da Previd�ncia, a poss�vel volta da CPMF e outros projetos que Michel Temer vier a mandar para a C�mara. Moura est� entre os principais articuladores a favor de Cunha. Sem integrar o Conselho de �tica ele trabalhou intensamente para barrar o processo por quebra de decoro do presidente afastado da Casa. Foi dele uma quest�o de ordem que chegou a anular uma decis�o do grupo. Apesar de estar carimbado como um tent�culo de Cunha, o novo l�der negou que seu padrinho pol�tico influenciar� sua posi��o como l�der. Admitiu, por�m, ter se encontrado com o presidente afastado da C�mara na semana passada.

Outro nome do estafe de Eduardo Cunha � o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), que ficou com a presid�ncia da Comiss�o Mista de Or�amento do Congresso Nacional. Foi ele que, com o apoio de Cunha, comandou a Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania (CCJ), principal da Casa, no ano passado. Agora ele ter� o poder de indicar o relator e comandar os tr�mites da vota��o do or�amento e revis�es de diretrizes nas contas. Um dos projetos, que ele prometeu dar celeridade, � o da revis�o da meta fiscal de 2016. O texto autoriza o governo a encerrar o ano com um d�ficit de R$ 96,65 bilh�es.

J� para a CCJ, comiss�o pela qual passam praticamente todos os projetos e inst�ncia recursal dos processos no Conselho de �tica, ficou para Osmar Serraglio (PMDB-PR). Sobre o fato de ser aliado de Cunha, o parlamentar disse, ao ser eleito para o cargo, que n�o iria tergiversar. O ex-presidente da C�mara vai hoje � C�mara se defender pessoalmente da den�ncia de quebra de decoro parlamentar. Ele � acusado de mentir ao Parlamento sobre possuir contas no exterior n�o declaradas � Receita. O processo mais longo de cassa��o da hist�ria da Casa pode parar nas m�os de Serraglio se os descontentes com o resultado de uma posterior vota��o em plen�rio recorrerem.

Outro nome de Cunha, este no governo, � o subsecret�rio de assuntos jur�dicos da Casa Civil, Gustavo Rocha. O advogado defende Eduardo Cunha em pelo menos sete a��es no Tribunal de Justi�a do Distrito Federal. Ele ocupa o cargo que era de Jorge Messias, aquele que em conversa entre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula vazada pela Pol�cia Federal seria o respons�vel por levar o termo de posse para o petista como ministro.

 


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