opera��o Janus, da Pol�cia Federal, nesta sexta-feira, 20, o empres�rio Taiguara Rodrigues dos Santos afirmou � CPI do BNDES em outubro do ano passado que sua empresa Exergia Brasil recebeu entre US$ 1,8 milh�o e US$ 2 milh�es por servi�os prestados � Odebrecht na obra de amplia��o e moderniza��o da hidrel�trica de Cambambe, em Angola. A Pol�cia Federal investiga se os pagamentos � empresa de Taiguara foram utilizados para o recebimento de propinas.
Na ocasi�o, o executivo falou por quatro horas � comiss�o, e disse que o valor � referente a servi�os de sondagem, avalia��o da topografia e gerenciamento de obras prestados pela empresa. Segundo ele, todos os contratos foram obtidos por meio de licita��es dentro da empreiteira.
A investiga��o come�ou com o envio para a PF de um Procedimento de Investiga��o Criminal do Minist�rio P�blico Federal que pretendia investigar se a construtora Odebrecht teria, entre 2011 e 2014, pagado propina em troca de facilidades na obten��o de empr�stimos de interesse da multinacional junto ao BNDES. No total, a obra de Cambambe recebeu do BNDES financiamento de US$ 464 milh�es.
Ao falar para os deputados no ano passado, Taiguara tamb�m confirmou ser amigo do filho do ex-presidente Lula Lu�s Lula da Silva, o Lulinha, mas negou que o ex-presidente ou seu filho tenham exercido tr�fico de influ�ncia para que sua companhia conseguisse contratos junto � empreiteira. O executivo disse ter contato com Lula, mas n�o se considerar amigo do petista, embora seu pai, que foi cunhado do ex-presidente, tenha sido "muito amigo" do ex-presidente. "Lula foi casado com minha tia, irm� do meu pai", afirmou, negando que isso signifique que ele seja sobrinho do ex-presidente, como noticiado pela imprensa.
Em rela��o a Angola, ele disse que as oportunidades de trabalho naquele pa�s apareceram "com o passar dos anos". O executivo contou que, em 2007, foi convidado pelo empres�rio paulista Nivaldo Moreira, da companhia Morelate, para atuar no fornecimento de pe�as para �nibus e caminh�es no pa�s africano juntamente com o empres�rio portugu�s Jo�o Germano.
De acordo com o Taiguara, quando a Exergia foi aberta, em 2009, ele detinha 49% da sociedade, sendo o restante da participa��o do empres�rio portugu�s. Questionado por integrantes da CPI como o grupo portugu�s topou sociedade com ele sem que ele tenha entrado com qualquer capital inicial, o executivo afirmou que foi escolhido pela sua habilidade como vendedor, uma vez que seu principal papel seria "vender" a empresa. Ele disse atuar como vendedor desde os 14 anos. Parlamentares de oposi��o se mostraram irritados com a resposta do empres�rio, que confirmou ser s�cio de outras tr�s empresas, as quais, segundo ele, n�o atuaram em Angola.
O empres�rio disse ainda que a Exergia � uma empresa pequena. Segundo ele, de 2011 a 2015, o faturamento da companhia n�o chegou a R$ 2 milh�es por ano. "Infelizmente n�o sou um grande empres�rio", disse. Taiguara confirmou que comprou um apartamento duplex com financiamento da Caixa Econ�mica Federal e um ve�culo de luxo da marca Land Rover. Ele alegou, contudo, que, desde meados do ano passado, vive em situa��o econ�mica dif�cil, tendo "muitas d�vidas". De acordo com o empres�rio, seu apartamento corre o risco de ir a leil�o. "A Exergia Brasil est� h� muito tempo sem contratos", disse.
Em seu depoimento, o executivo tamb�m confirmou que Exergia Brasil firmou outros contratos com a Odebrecht, empreiteira envolvida nas investiga��es da Opera��o Lava-Jato: um deles no valor de US$ 280 mil e outro de US$ 750 mil - este para reformar uma casa em Angola. O empres�rio negou, contudo, ter fechado contrato de US$ 1 milh�o para construir uma fazenda hidrop�nica no pa�s africano. Segundo ele, o projeto n�o foi para frente porque ele n�o recebeu o dinheiro pelo servi�o. No depoimento, o executivo disse ainda que n�o sabia que a obra da hidrel�trica de Cambambe possu�a financiamento do BNDES.
Na ocasi�o, Taiguara aceitou a quebra dos sigilos fiscal, telef�nico e banc�rio de sua empresa, solicitada pelo deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). O empres�rio comentou ainda que n�o tinha recebido nenhuma notifica��o ou intima��o do Minist�rio P�blico de investiga��o a seu respeito. O executivo disse estar sabendo apenas pela imprensa estar sendo investigado pelo MP. "Est� me incomodando aqui o menosprezo � minha pessoa o tempo todo", disse.
S�o Paulo - Alvo de um mandado de condu��o coercitiva na Na ocasi�o, o executivo falou por quatro horas � comiss�o, e disse que o valor � referente a servi�os de sondagem, avalia��o da topografia e gerenciamento de obras prestados pela empresa. Segundo ele, todos os contratos foram obtidos por meio de licita��es dentro da empreiteira.
A investiga��o come�ou com o envio para a PF de um Procedimento de Investiga��o Criminal do Minist�rio P�blico Federal que pretendia investigar se a construtora Odebrecht teria, entre 2011 e 2014, pagado propina em troca de facilidades na obten��o de empr�stimos de interesse da multinacional junto ao BNDES. No total, a obra de Cambambe recebeu do BNDES financiamento de US$ 464 milh�es.
Ao falar para os deputados no ano passado, Taiguara tamb�m confirmou ser amigo do filho do ex-presidente Lula Lu�s Lula da Silva, o Lulinha, mas negou que o ex-presidente ou seu filho tenham exercido tr�fico de influ�ncia para que sua companhia conseguisse contratos junto � empreiteira. O executivo disse ter contato com Lula, mas n�o se considerar amigo do petista, embora seu pai, que foi cunhado do ex-presidente, tenha sido "muito amigo" do ex-presidente. "Lula foi casado com minha tia, irm� do meu pai", afirmou, negando que isso signifique que ele seja sobrinho do ex-presidente, como noticiado pela imprensa.
Em rela��o a Angola, ele disse que as oportunidades de trabalho naquele pa�s apareceram "com o passar dos anos". O executivo contou que, em 2007, foi convidado pelo empres�rio paulista Nivaldo Moreira, da companhia Morelate, para atuar no fornecimento de pe�as para �nibus e caminh�es no pa�s africano juntamente com o empres�rio portugu�s Jo�o Germano.
De acordo com o Taiguara, quando a Exergia foi aberta, em 2009, ele detinha 49% da sociedade, sendo o restante da participa��o do empres�rio portugu�s. Questionado por integrantes da CPI como o grupo portugu�s topou sociedade com ele sem que ele tenha entrado com qualquer capital inicial, o executivo afirmou que foi escolhido pela sua habilidade como vendedor, uma vez que seu principal papel seria "vender" a empresa. Ele disse atuar como vendedor desde os 14 anos. Parlamentares de oposi��o se mostraram irritados com a resposta do empres�rio, que confirmou ser s�cio de outras tr�s empresas, as quais, segundo ele, n�o atuaram em Angola.
Energia
O empres�rio disse ainda que a Exergia � uma empresa pequena. Segundo ele, de 2011 a 2015, o faturamento da companhia n�o chegou a R$ 2 milh�es por ano. "Infelizmente n�o sou um grande empres�rio", disse. Taiguara confirmou que comprou um apartamento duplex com financiamento da Caixa Econ�mica Federal e um ve�culo de luxo da marca Land Rover. Ele alegou, contudo, que, desde meados do ano passado, vive em situa��o econ�mica dif�cil, tendo "muitas d�vidas". De acordo com o empres�rio, seu apartamento corre o risco de ir a leil�o. "A Exergia Brasil est� h� muito tempo sem contratos", disse.
Em seu depoimento, o executivo tamb�m confirmou que Exergia Brasil firmou outros contratos com a Odebrecht, empreiteira envolvida nas investiga��es da Opera��o Lava-Jato: um deles no valor de US$ 280 mil e outro de US$ 750 mil - este para reformar uma casa em Angola. O empres�rio negou, contudo, ter fechado contrato de US$ 1 milh�o para construir uma fazenda hidrop�nica no pa�s africano. Segundo ele, o projeto n�o foi para frente porque ele n�o recebeu o dinheiro pelo servi�o. No depoimento, o executivo disse ainda que n�o sabia que a obra da hidrel�trica de Cambambe possu�a financiamento do BNDES.
Na ocasi�o, Taiguara aceitou a quebra dos sigilos fiscal, telef�nico e banc�rio de sua empresa, solicitada pelo deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). O empres�rio comentou ainda que n�o tinha recebido nenhuma notifica��o ou intima��o do Minist�rio P�blico de investiga��o a seu respeito. O executivo disse estar sabendo apenas pela imprensa estar sendo investigado pelo MP. "Est� me incomodando aqui o menosprezo � minha pessoa o tempo todo", disse.