
O ministro do Trabalho e Previd�ncia Social, Ronaldo Nogueira, disse nesta sexta-feira que todas as medidas que envolvam os trabalhadores passar�o por discuss�o pr�via com a sociedade. “Nada ser� imposto ou anunciado, sem que antes seja conversado com o trabalhador. O trabalhador ter� seu lugar garantido na mesa, n�o ser� surpreendido, ser� protagonista”, disse o ministro ao visitar a sede da For�a Sindical, na capital paulista.
Segundo Nogueira, as propostas de mudan�a na Previd�ncia tamb�m levar�o em conta a posi��o das centrais sindicais. “Pela fala do ministro [da Casa Civil] Eliseu Padilha, que est� liderando o grupo de trabalho onde as centrais foram convidadas a participar, ele foi muito claro no sentido de que as centrais sindicais, representando os trabalhadores, ser�o protagonistas no texto que, porventura, venha a ser elaborado.”
Nogueira destacou, no entanto, que � preciso garantir a sustentabilidade do sistema. “A sustentabilidade da Previd�ncia Social � importante porque ela � a garantia do trabalhador no futuro”.
A primeira reuni�o do grupo de trabalho integrado por centrais sindicais e governo para discutir a reforma da Previd�ncia ocorreu na �ltima quarta-feira. Al�m de Nogueira e Padilha, participaram a For�a Sindical, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT) e o Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese). Foram abordados quatro temas: idade m�nima para aposentadoria, sustentabilidade da Previd�ncia, igualdade de sexo e a data da vig�ncia das medidas a serem adotadas.
O presidente da For�a Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), defendeu que se busque outras formas de arrecada��o, antes de que sejam apresentadas propostas que mudem as regras para os trabalhadores. “Precisa acabar com as desonera��es, com a pilantropia [filantropia desonesta], com o sonegador e fazer o agroneg�cio pagar. Al�m disso, tem outras fontes de receita para a Previd�ncia”, disse.
O sindicalista chegou a admitir que sejam feitas mudan�as para os que ainda v�o entrar no mercado de trabalho, mas disse que as centrais n�o v�o aceitar altera��es para quem j� contribui com o sistema atual. “Se tudo isso n�o resolver o problema, n�s topamos discutir uma Previd�ncia para o futuro, para os jovens, para aqueles que come�am a trabalhar agora. Se nada disso for aceito, a gente vai ver na hora certa.” A proposta que sair do grupo de trabalho dever� ser encaminhada ao Congresso.
Com Ag�ncia Brasil