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Estado de Minas

PT vai usar crise no governo Temer para tentar anular impeachment

Dilma Rousseff disse ontem que o di�logo entre Juc� e o ex-presidente da Transpetro revela os reais objetivos de seu afastamento. Na conversa, Juc� afirma que o afastamento da presidente � necess�rio para conter a Lava-Jato


postado em 24/05/2016 08:07 / atualizado em 24/05/2016 09:01

Bras�lia, 24 - O PT vai usar a primeira crise do governo Michel Temer para tentar anular o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Mesmo com o afastamento do ex-ministro Romero Juc� - depois que veio � tona um di�logo no qual o senador diz ser preciso mudar o governo para "estancar essa sangria", numa refer�ncia � Opera��o Lava-Jato -, senadores do PT far�o de tudo para paralisar a comiss�o do impeachment.

Embora at� o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva considere dif�cil Dilma retornar ao Pal�cio do Planalto, ap�s o julgamento final no Senado - previsto para ocorrer entre agosto e setembro -, os problemas no in�cio da gest�o Temer animaram o PT. Sob comando de Lula, ser� refor�ada a ofensiva para reverter seis votos de senadores favor�veis � deposi��o da presidente. A ideia � bater na tecla de que o processo foi "contaminado" por desvios de finalidade.

"Se algu�m ainda n�o tinha certeza de que h� um golpe em curso, baseado no desvio de poder e na fraude, as declara��es fortemente incriminat�rias de Juc� sobre os reais objetivos do impeachment e sobre quem est� por tr�s dele eliminam qualquer d�vida", afirmou Dilma, na noite de segunda-feira, 23, na abertura de um congresso de trabalhadores na agricultura familiar.

Aplaudida pela plateia, formada por cerca de 700 pessoas, a presidente afastada disse que a grava��o de um di�logo entre Juc� e o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado "escancara" o modus operandi do que chamou de "cons�rcio golpista".

Sob gritos de "Fora Temer" e "N�o vai ter golpe", Dilma declarou que continuar� lutando para defender o seu mandato e criticou o minist�rio montado pelo presidente em exerc�cio. "Os brasileiros n�o elegeram um governo s� de homens, brancos, ricos e velhos."

Dilma passou o dia em reuni�o com antigos auxiliares, no Pal�cio da Alvorada. Antes do almo�o, chamou o ex-ministro da Secretaria de Governo Ricardo Berzoini e pediu que ele desse o tom da rea��o petista ao esc�ndalo envolvendo Juc�. "Exigimos a demiss�o de Romero Juc� e a investiga��o da rela��o de Temer com esse di�logo", disse Berzoini. Em sua conta no Twitter, o presidente do PT, Rui Falc�o, escreveu que a "Opera��o Lava Jato acabou por se tornar instrumento da escalada golpista".

Dirigentes e ex-ministros do PT foram informados de que Machado fechou dela��o premiada com o Minist�rio P�blico e tamb�m teria denunciado Renan e o ex-presidente Jos� Sarney (PMDB-AP). Renan disse na segunda que, por causa da antecipa��o da sess�o do Congresso que analisar� a revis�o da meta fiscal - marcada para esta ter�a - a reuni�o da comiss�o do impeachment foi adiada para a quarta-feira, 25. "N�o tomei conhecimento de dela��o", desconversou ele.

No di�logo com Juc�, ocorrido semanas antes da vota��o do impeachment na C�mara, Machado falou sobre o esquema de corrup��o na Petrobras. "Juc� foi o grande articulador do impeachment no Senado e, agora, aparece dizendo que a montagem do governo Temer previa um pacto para encerrar investiga��es da Lava Jato", destacou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). "� claro que o impeachment est� contaminado."

A estrat�gia de Dilma e do comando petista ser� bater na tecla de que Juc� representa, no Senado, o mesmo que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi na C�mara. Cunha deu o pontap� inicial para o impeachment e acabou afastado do comando da Casa por decis�o do Supremo Tribunal Federal. R�u na Lava Jato, ele � acusado de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. As informa��es s�o do jornal


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