
Conforme apurou o Estado, Machado citou mais nomes em sua dela��o al�m dos divulgados at� agora (Romero Juc�, Jos� Sarney e Renan Calheiros, todos do PMDB). De acordo com as fontes ouvidas pela reportagem, Temer n�o est� implicado diretamente no depoimento de Machado, mas pilares importantes de sua base de sustenta��o pol�tica aparecem na dela��o premiada e nas conversas do ex-executivo da Transpetro.
Essa informa��o aumentou o grau de apreens�o nos bastidores dos Poderes ontem, 25, e fez crescer o temor de um novo per�odo de recrudescimento da crise pol�tica, o que causaria instabilidade para a gest�o do presidente em exerc�cio e poderia atrapalhar sua estrat�gia de recupera��o da economia, neste momento dependente da aprova��o de medidas no Congresso.
Do lado da presidente afastada, a estrat�gia � apostar em um ambiente pol�tico conturbado em busca de inviabilizar politicamente Temer.
Pressa
Ontem, 25, a comiss�o que analisa o processo de impeachment voltou aos trabalhos e j� discutiu um cronograma. De acordo com a sugest�o do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), o processo pode se encerrar j� no in�cio de agosto nessa inst�ncia. A proposta adianta em um m�s a previs�o inicial do presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB), que era de 120 dias.
Durante a sess�o, a senadora governista Simone Tebet (PMDB-MS) sugeriu ainda uma redu��o de 20 dias no cronograma apresentado pelo relator. A senadora defendeu que o prazo para alega��es finais da defesa e da acusa��o pode ser encurtado de 30 para 10 dias. Este prazo, segundo ela, est� previsto no C�digo de Processo Penal. “O Brasil n�o pode esperar. A inseguran�a jur�dica e a instabilidade podem impedir novos investimentos, gera��o de emprego e uma recupera��o da economia mais r�pida. 180 dias � muito, 120 dias � muito. Em tr�s meses temos condi��es de apresentar um bom trabalho”, disse Simone ap�s a sess�o.
O calend�rio sugerido ainda precisa ser aprovado pelos demais senadores da comiss�o na pr�xima quinta-feira, mas j� causou desconforto entre os petistas. Como o PT e aliados s�o hoje minoria no colegiado, a tend�ncia � de que o cronograma seja aprovado. Al�m de antecipar a sa�da de Dilma, a ideia � encerrar o impeachment antes do in�cio da campanha para elei��es municipais, marcada para 16 de agosto.
No calend�rio de Anastasia, a pron�ncia do r�u, fase em que se verifica se as acusa��es s�o procedentes, ser� votada no plen�rio do Senado em 1º de agosto. Pela Lei do Impeachment, s�o dadas 48 horas para notifica��o e, em seguida, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, tem at� dez dias para marcar o julgamento final da presidente. Assim, a �ltima vota��o deve ocorrer at� 15/8.
O relator se disp�s a discutir a possibilidade de estender ou encurtar os prazos, mas ponderou que apenas a fase probat�ria pode ser modificada. Anastasia separou duas semanas para essa etapa, em que s�o ouvidas testemunhas, apresentados documentos e realizadas per�cias. Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o per�odo � muito curto.