
Rio – Das oito capitais onde houve alian�a entre PT e PMDB em 2012, apenas uma delas, Aracaju (SE), deve repetir o acordo. O confronto em n�vel federal entre as duas legendas por causa do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) � uma das causas do div�rcio, assim como a resolu��o do Diret�rio Nacional do PT que restringiu restringir alian�as municipais com siglas favor�veis ao impedimento da petista. A determina��o, no entanto, abre brechas para acordos pontuais.
Em Aracaju, por exemplo, a a��o do governador Jackson Barreto (PMDB) contra o impeachment foi decisiva para a manuten��o da alian�a. O mais prov�vel � que o PT apoie o peemedebista Zezinho Sobral. “Ficamos isolados do PMDB nacional, mas temos liga��o antiga com o PT e participamos do movimento contra o impeachment desde o in�cio”, disse o presidente do PMDB de Sergipe, Jo�o Augusto Gama. “Nossa rela��o com o governador � muito forte, ele teve posi��o muito definida a favor da presidente. � muito dif�cil n�o fazer alian�a com o PMDB”, disse o presidente do PT-SE, Rog�rio Carvalho.
Em Belo Horizonte, Cuiab�, Goi�nia, Macei�, Manaus, Rio de Janeiro e S�o Lu�s deve ocorrer o contr�rio. No Rio, o impeachment foi decisivo para a sa�da do PT da coliga��o em torno da candidatura do secret�rio municipal de Coordena��o de Governo, Pedro Paulo Carvalho Teixeira (PMDB), escolhido pelo prefeito peemedebista Eduardo Paes. Os petistas devem apoiar a candidatura da deputada Jandira Feghali (PCdoB). A alian�a PT-PMDB est� garantida, no entanto, em Maric� e em negocia��es avan�adas em Japeri e Queimados, munic�pios na Regi�o Metropolitana do Rio.
‘Estrat�gia’ Na capital mineira, haver� um afastamento “estrat�gico” para as elei��es de outubro sem configurar lit�gio entre as duas legendas, segundo a presidente do PT em Minas, Cida de Jesus. “N�o tem crise entre PT e PMDB (em Minas). Em dezembro do ano passado, o PT de Belo Horizonte j� havia decidido por candidatura pr�pria. � uma quest�o de t�tica eleitoral. Elei��es municipais sempre foram muito localizadas, n�o h� essa quest�o de nacionalizar ou estadualizar”, disse.
Seis deputados do PMDB mineiro votaram a favor do impeachment, inclusive Mauro Lopes, que tr�s dias antes da vota��o na C�mara era ministro da Secretaria de Avia��o Civil de Dilma. Para Cida, “PT e PMDB em Minas t�m um projeto constru�do em 2014. Por mais que a oposi��o queira, esse projeto n�o est� abalado”.
Em Goi�nia, apesar de ocupar a vice-prefeitura, o PMDB lan�ar� candidato em oposi��o ao prefeito petista Paulo Garcia. Dirigentes locais dos partidos dizem que o afastamento ocorreu antes do impeachment. “N�o h� possibilidade de estarmos juntos agora. Mas n�o temos problemas com o PMDB aqui, vamos avan�ar (na candidatura pr�pria) e quem sabe discutir alian�a no 2.º turno”, afirmou o presidente do PT goiano, Ceser Donisete. Em duas cidades importantes, Aparecida de Goi�nia e An�polis, a alian�a PMDB-PT dever� ser mantida.
Aliados em 2012, PT e PMDB planejam lan�ar candidaturas pr�prias em Macei� (AL). Em S�o Lu�s, Cuiab� e Manaus os partidos n�o repetir�o a alian�a das elei��es passadas e lan�ar�o candidatos ou estar�o coligados a outros partidos.
Isolamento Principal partido de oposi��o ao governo Michel Temer, o PT ficar� isolado no Congresso Nacional caso adote a estrat�gia de obstruir e se opor a todas as proposi��es enviadas pelo governo do presidente em exerc�cio Michel Temer. At� ent�o seus aliados mais fi�is, PDT e PCdo B – que seguiram ao lado dos petistas at� o afastamento da presidente Dilma Rousseff – avisam que v�o assumir postura diferente nas vota��es se o PT apostar na t�tica do “quanto pior melhor”.
Os dois partidos tentam se livrar da imagem de linha auxiliar dos petistas e dizem que elaboram uma estrat�gia pr�pria de atua��o. Na C�mara, a ideia do PDT � tentar se diferenciar de uma eventual oposi��o “a qualquer custo” do PT. `� frente de uma bancada de 20 parlamentares, o l�der do partido na Casa, deputado Weverton Rocha (MA), defende que a legenda deve construir uma linha oposicionista “construtiva, e n�o irrespons�vel igual ao PT”. “N�o � inteligente, por exemplo, o PT fazer obstru��o a medidas provis�rias que eles pr�prios editaram.”