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Estado de Minas

Lula sabia que o mensal�o n�o era 'caixa 2' de elei��o, afirma Pedro Corr�a


postado em 30/05/2016 14:37 / atualizado em 30/05/2016 15:01

A dela��o premiada do ex-deputado federal Pedro Corr�a (PP-PE) confirma a tese sustentada pela for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato de que os esc�ndalos da Petrobras e do mensal�o tiveram como origem uma sistem�tica �nica de corrup��o para compra de apoio pol�tico para manuten��o do poder com a participa��o direta do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

"Lula tinha pleno conhecimento de que o mensal�o n�o era 'caixa dois' de elei��o, mas sim propina arrecada junto aos �rg�os governamentais para que os pol�ticos mantivessem as suas bases eleitorais e continuassem a integrar a base aliada do governo, votando as mat�rias de interesse do Executivo no Congresso Nacional", disse Corr�a.

O trecho � parte do "Anexo 4" da dela��o de premiada de Corr�a, com o resumo do tema tratado sobre "suposto envolvimento de Lula nos esquemas de corrup��o”. Nele, h� um item espec�fico sobre o mensal�o - primeiro grande esc�ndalo da era PT no governo federal. Ap�s revela��o do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) descobriu-se que o ent�o ministro da Casa Civil, Jos� Dirceu, comandava a compra de parlamentares da base aliada em troca de apoio pol�tico.

Dirceu e Corr�a foram condenados no mensal�o, em 2012, em processo final no Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois foram presos em 2013 e acabaram novamente detidos e condenados no esc�ndalo da Lava-Jato. O juiz federal S�rgio Moro aplicou a Dirceu a mais longeva pena, nesses dois anos de opera��o: 23 anos de reclus�o.

Corr�a relata as reuni�es em que participava do Conselho Pol�tico criado por pelo ex-presidente da Rep�blica, "nas quais sempre estavam presentes o presidente Lula, o ministro Jos� Dirceu, o ministro Ant�nio Palocci e, depois, o ministro Aldo Rebello e os presidente dos partidos base aliada".

Segundo o delator, que foi presidente do PP, nesses encontros "se discutiam os assuntos que seriam tratados no Congresso Nacional e as dificuldades de v�rios parlamentares dos partidos presentes". "Muitas dessas dificuldades tratadas estavam umbilicalmente ligadas com o Petrol�o, por aquele tempo j� havia arrecada��o dentro das empresas e �rg�os p�blicos, sobretudo dentro da Petrobras.”

Corr�a afirmou que nos encontros com Lula e seus ministro do "Conselh�o" os presidentes ou l�deres dos partidos da base aliada "faziam queixas relacionadas �s dificuldades que estavam tendo junto aos dirigentes indicados para os cargos federais do governo, os quais n�o estavam se empenhando em atender �s reivindica��es dos parlamentares".

"O presidente Lula encarregava o ministro Jos� Dirceu de fazer as cobran�as sobre os dirigentes para que atendessem, com mais presteza �s solicita��es dos partidos". disse. "Em alguns setores as reivindica��es eram de arrecada��o de propina e, em outros, de interesses pol�ticos, visando o favorecimento dos estados e munic�pios dos parlamentares", continuou Corr�a em seu depoimento.

Cassado em 2006 na C�mara dos Deputados, a quarentena imposta a Corr�a pela cassa��o terminou no ano em que foi deflagrada a Lava Jato. Depois de condenado e preso em 2013, o delator cumpria pena em regime semiaberto, em Pernambuco, quando foi detido pela Lava Jato, em abril de 2015 - alvo da 11ª etapa denominada "A Origem".

Para o juiz S�rgio Moro, que comanda a for�a-tarefa da Lava Jato, "a prova do recebimento de propina mesmo durante o processamento da A��o Penal 470 refor�a os ind�cios de profissionalismo e habitualidade na pr�tica do crime, recomendando, mais uma vez, a pris�o para prevenir risco � ordem p�blica".

"(Corr�a) � recorrente em esc�ndalos pol�ticos criminais e traiu seu mandato parlamentar e a confian�a que a sociedade brasileira nele depositou", escreveu Moro. "Nem o julgamento condenat�rio pela mais Alta Corte do Pa�s representou fator inibidor da reitera��o criminosa, embora em outro esquema il�cito."

Outros alvos da Procuradoria no esc�ndalo mensal�o est�o no radar da Lava Jato. Entre eles o ex-tesoureiro do PT Del�bio Soares, o ex-secret�rio-geral do partido S�lvio Pereira e o publicit�rio Marcos Val�rio.

Defesa


Em nota, o Instituto Lula destacou que o ex-deputado Pedro Corr�a j� foi condenado pela pr�tica de 72 crimes de corrup��o. O instituto classifica de "farsa hist�rica" a dela��o do ex-parlamentar.

"Pedro Corr�a foi condenado pelo juiz Sergio Moro a mais de 20 anos de cadeia por ter praticado 72 crimes de corrup��o e 328 opera��es de lavagem de dinheiro. Foi para n�o cumprir essa pena na cadeia que ele aceitou negociar com o Minist�rio P�blico Federal uma narrativa falsa envolvendo o ex-presidente Lula. � repugnante que promotores transcrevam uma farsa hist�rica em documento oficial e promovam seu vazamento, claramente direcionado a atingir a honra do ex-presidente Lula", diz a entidade em nota.

"Estado de Direito n�o comporta esse tipo de manipula��o, insidiosa e covarde, nem por parte dos agentes p�blicos nem dos meios de comunica��o que dela se aproveitam numa campanha de �dio e difama��o contra o ex-presidente Lula", continua o texto.

"O vazamento dessa farsa � mais uma evid�ncia de que, ap�s dois anos de investiga��o, a Lava Jato n�o encontrou um fiapo de prova ou sequer ind�cio de participa��o de Lula nos desvios da Petrobras, porque o ex-presidente sempre agiu dentro da lei. E por isso apelam a dela��es mentirosas como a do sr. Pedro Corr�a" finaliza a nota.


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