
S�o Paulo e Curitiba - Enquanto avan�a nas investiga��es sobre os crimes praticados pela maior empreiteira do Pa�s, a Odebrecht, a for�a-tarefa da Lava-Jato j� prepara novas den�ncias contra o marqueteiro Jo�o Santana e sua mulher e s�cia M�nica Moura, que atuaram nas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff (2010 e 2014) e Luiz In�cio Lula da Silva (2006).
Atualmente, o casal responde a duas a��es penais na Opera��o Lava-Jato, acusados de corrup��o, organiza��o criminosa e lavagem internacional de dinheiro envolvendo o esquema de corrup��o na Sete Brasil, empresa de capital misto criada para produ��o de sondas do pr�-sal, e os pagamentos recebidos por eles do "departamento de propina" da Odebrecht no Brasil e no exterior.
Segundo a Procuradoria da Rep�blica no Paran�, ser�o "em breve" apresentadas duas novas den�ncias envolvendo a suposta evas�o de divisas do casal, que s� declarou possuir a conta na Su��a em nome da offshore Shellbill Finance, que recebeu quantias milion�rias de um dos operadores de propina na Petrobr�s ap�s a Lava-Jato; e a suposta lavagem de dinheiro por meio da "oculta��o e dissimula��o da origem il�cita dos recursos utilizados para a aquisi��o de im�vel em proveito do casal". As informa��es est�o em documento encaminhado ao juiz S�rgio Moro, respons�vel pela Lava Jato no Paran�.
Um dos im�veis do casal, preso desde fevereiro, que est� na mira dos investigadores � o apartamento 8W, na 19ª Avenida, em Nova York, que est� registrado em nome de uma empresa aberta por eles, em 2009, em El Salvador.
Ao quebrar o sigilo dos e-mails de M�nica Moura, a PF destaca que o local era indicado por ela e sua filha em diversas mensagens como endere�o para a entrega de compras feitas por elas na internet.
"N�o h�, no entanto, declara��o ao Fisco do im�vel de Nova York, existindo dolosa inten��o de ocult�-lo das autoridades brasileiras", diz a PF no relat�rio que analisou as mensagens de eletr�nicas.
Acusa��es
Fruto da 26ª fase da Lava-Jato, a Opera��o Xepa, objeto da primeira den�ncia contra Jo�o Santana e M�nica Moura, a a��o penal tem como foco os pagamentos para o marqueteiro do PT feitos pelo "setor profissional de propinas" da Odebrecht. Segundo o Minist�rio P�blico Federal, Odebrecht tinha conhecimento do setor e inclusive teria atuado para desmont�-lo e proteger os funcion�rios das investiga��es.