(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Consenso entre PSDB e PT s� acontece no Conselho de �tica da C�mara


postado em 03/06/2016 06:00 / atualizado em 03/06/2016 07:29

H� um �nico espa�o da disputa pol�tica na C�mara dos Deputados onde tucanos e petistas est�o unidos: no Conselho de �tica, onde monopoliza a pauta, desde outubro, a den�ncia apresentada pelo PSOL e pela Rede contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da C�mara afastado, denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Minist�rio P�blico Federal sob a acusa��o de ter recebido US$ 5 milh�es em propina do esquema investigado pela Opera��o Lava-Jato. Cunha teve o nome ligado a contas secretas na Su��a e foi denunciado ao Conselho de �tica por mentir � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Petrobras, quando negou a exist�ncia das contas no exterior. Em meio a manobras e artif�cios de todos os tipos para evitar a cassa��o, o processo j� constituiu o mais longo da hist�ria do Conselho de �tica da C�mara dos Deputados.


A ins�lita alian�a entre petistas e tucanos para a cassa��o do presidente afastado, encontra, do outro lado do balc�o, uma mistura de parlamentares que rezam o credo e a mesma cartilha, seja por f� em Deus ou f� no apoio eleitoral que receberam, junto a outros tantos 100 deputados, que formam a “bancada de Cunha” na Casa. Nas m�os dos 21 membros que poder�o selar o “in�cio do fim” de uma truculenta atua��o � frente da Mesa Diretora, h� 10votos contr�rios a Cunha, entre os quais os tucanos Nelson Marchezan J�nior (RS), Betinho Gomes PE) e os petistas Leo de Brito (AC0, Valmir Prascidelli (SP) e Z� Geraldo (PA). A eles se juntam tamb�m os democratas Marcos Rog�rio (RO), e Paulo Azzi (BA), o PSD de Sandro Alex (PR), o PSB do mineiro J�lio Delgado e o presidente da comiss�o, Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA), que enfrenta press�o e amea�as dos aliados de Cunha.

Numa tentativa de afastar Jos� Carlos Ara�jo da presid�ncia do colegiado, os aliados de Cunha na Casa j� cuidam de cinco representa��es protocoladas por advers�rios regionais na corregedoria da C�mara que pedem a sua cassa��o. Seus advers�rios o acusam de compra de votos, uso de “laranja” para comprar um im�vel e denegrir a imagem de um empres�rio investigado, que ele chamou de grileiro. Ara�jo ter� at� o pr�ximo dia 7, data da vota��o do relat�rio que pede a cassa��o de Cunha, para se defender.

Com 10 votos do PTB, do PMDB, PSC, SD , PR e PP j� garantidos no colegiado a seu favor, tarefa que em alguns momentos custou a “remo��o” de parlamentares que se posicionaram pela cassa��o substitu�dos por amigos da bancada, o destino de  Cunha nesta comiss�o est� nas m�os da evang�lica Tia Eron (PRB-BA). Ligada pela f� em Deus a Eduardo Cunha, foi colocada ali com o prop�sito de lhe assegurar o mandato, em substitui��o ao ex-relator do caso, o deputado Fausto Pinato (PP), que renunciou � vaga e ao cargo ap�s migrar do PRB. “N�o sou homem de barganhas e muito menos de press�es”, avisou Pinato ao despedir-se da fun��o, em atua��o firme contra Cunha. Aliados do presidente afastado cercam Tia Eron, que, ainda sem se posicionar, vive um drama: gostaria de “fazer hist�ria” e “passar o Brasil a limpo”, como a novata anunciou em seu primeiro discurso no colegiado. Mas o que isso significa exatamente � sempre uma quest�o de perspectiva.

O processo contra Cunha ainda ser� longo. Qualquer que seja o resultado da vota��o no Conselho de �tica, tanto o relator quanto Eduardo Cunha t�m cinco dias �teis para recorrer � Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), onde novos aliados de Cunha j� preparam o campo para abortar a cassa��o, aplicando uma puni��o mais branda.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)