O colegiado acompanhou a decis�o do relator do processo de impedimento, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Para o senador tucano, esses arquivos fogem do tema do processo de impeachment. Da mesma forma, Anastasia tamb�m negou ouvir como testemunhas o doleiro Alberto Youssef e o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, que foram requisitadas pela acusa��o.
"Essa � a tese fundamental da defesa. Se aprovarem esse parecer, ser� a maior viol�ncia institucional promovida at� hoje no Congresso. Foge ao tema do processo mostrar que isso foi uma grande farsa?", afirmou o ex-advogado-geral da Uni�o Jos� Eduardo Cardozo.
Quando entregou a defesa pr�via da presidente afastada, Cardozo disse que era preciso esclarecer que lideran�as pol�ticas atuaram para realizar o impeachment com o objetivo de conter as investiga��es da Pol�cia Federal.
Nos di�logos com Machado, Juc�, um dos principais articuladores do impeachment, fala em "mudar o governo para poder estancar essa sangria" - a declara��o � considerada uma tentativa de deter as investiga��es da Opera��o Lava Jato.
Para o defensor de Dilma, ao negar a inclus�o das grava��es no processo, a comiss�o impede a presidente afastada de apresentar provas de sua inoc�ncia. "Est�o atingindo brutalmente o direito de defesa. Est�o impedindo a produ��o de provas. O que querem que a gente fa�a, que nos ajoelhemos?", disse Cardozo � comiss�o.
O ex-ministro afirmou que o objetivo de "apressar a solu��o" confirma a tese de que h� desvio de poder. "Arguimos a suspens�o do senador Anastasia e est�o ignorando. Ele n�o poderia proferir nada enquanto isso n�o fosse definido", disse. "Queremos provar que tudo isso foi uma manipula��o."
Anastasia ainda negou o pedido de per�cia e auditoria externa para analisar as contas presidenciais de 2015. O objetivo de Cardozo era apresentar pareceres de consultorias t�cnicas internacionais que demonstrem que n�o h� autoria da presidente afastada nas pedaladas fiscais e que a edi��o de cr�ditos suplementares n�o comprometeu a meta fiscal. Para Cardozo, essa tamb�m � uma quest�o central para a defesa.