O governo atribuiu a ele v�rios dos embara�os que est� enfrentando nos �ltimos dias, inclusive em rela��o � "errada estrat�gia" usada no caso da Empresa Brasil de Comunica��o (EBC), cuja presid�ncia foi devolvida a Ricardo Melo, na �ltima quinta-feira por meio de uma liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.
De acordo com auxiliares do presidente, neste caso da EBC, ele cometeu pelo menos dois erros, que est�o custando caro ao governo. Primeiro demoveu o Planalto da ideia de editar, de imediato, a Medida Provis�ria, que modificaria o estatuto da empresa, acabando com o mandato de quatro anos do seu titular e reduzindo o poder do conselho curador da EBC, que � composto por 22 membros, designados pelo Presidente da Rep�blica, sendo 15 deles da sociedade civil.
F�bio Os�rio disse que o governo n�o precisaria ter pressa para fazer esta altera��o porque acreditava que a quest�o seria resolvida na Justi�a, que n�o acataria o pedido de retorno de Ricardo Melo. Al�m disso, a defesa apresentada ao recurso de Melo no STF usou argumentos equivocados.
Mas os problemas come�aram assim que ele assumiu o cargo. Sem consultar Temer ou Padilha, F�bio Os�rio questionou a atua��o do seu antecessor, Jos� Eduardo Cardozo, na defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, na fase inicial do processo de impeachment. Abriu, assim, uma frente de batalha que o governo considerava, desnecess�ria, naquele momento. Criou tamb�m problemas com a Pol�cia Federal e com o Minist�rio P�blico, duas frentes que o governo queria se manter neutro, sem criar marolas. Acabou gerando uma fonte de atrito do Planalto com estes setores, desagradando Temer.
O comportamento de F�bio Os�rio tem sido questionado por Temer e diversos auxiliares do presidente em exerc�cio. "Ele ficou deslumbrado com o cargo e agiu de forma indevida em muitos casos", comentou um interlocutor do Planalto ao lembrar que at� os servidores da pr�pria AGU j� fizeram chegar � Presid�ncia in�meras cr�ticas a ele, pelas suas a��es. "Est� ficando muito dif�cil de conviver com ele", emendou outro assessor palaciano. "A sua situa��o est� extremamente delicada", acentuou.
Mas os problemas n�o param por a�. No dia 1º de junho, F�bio Os�rio, cujo cargo perdeu o status de ministro, exigiu que um avi�o da FAB o transportasse a Curitiba para participar de uma homenagem ao juiz respons�vel pela Lava Jato, S�rgio Moro, e de um encontro da Justi�a. O Advogado da Uni�o n�o tem mais prerrogativa de uso de aeronaves da Aeron�utica e Os�rio bateu p� e viajou com dois assessores e um procurador, criando um grande problema.
A assessoria de Medina afirma que a demiss�o do ministro � um boato. O ministro n�o teve qualquer problema com a FAB durante o voo, e que a viagem do advogado-geral da Uni�o em 1º de junho entre Bras�lia e Curitiba ocorreu sem incidentes. A informa��o oficial � de que o ministro avisou � FAB com um dia de anteced�ncia sobre o deslocamento e estava, durante o voo, na companhia de um procurador da Uni�o e de dois representantes da assessoria de imprensa da AGU que, segundo o �rg�o, podem confirmar a vers�o de Medina. (colaborou Gustavo Aguiar)