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Estado de Minas

Executivos afirmam ter pago propina para Romero Juc� e Edison Lob�o em obras da usina de Angra 3

Segundo as dela��es, pagamentos eram negociados em esp�cie e correspondiam a um percentual sobre os valores da obra


postado em 07/06/2016 09:43 / atualizado em 07/06/2016 10:44

S�o Paulo, 07 - Ao menos dois executivos da Andrade Gutierrez, delatores da Opera��o Lava Jato, apontaram propina aos senadores Romero Juc� (PMDB-RR) e Edison Lob�o (PMDB-MA). O ex-diretor da empreiteira Cl�vis Primo declarou que "com rela��o aos pagamentos de propinas ajustados com o PMDB", foram feitos repasses correspondentes a 0,5% dos valores das obras da Usina de Angra 3 a Romero Juc� e 0,5% a Lob�o.

O senador por Roraima foi ministro do Planejamento, no governo do presidente em exerc�cio Michel Temer (PMDB) por 12 dias. A divulga��o de suas conversas com o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado levou � queda de Juc�. No di�logo, o senador peemedebista prop�e um "pacto" para acabar com a Lava-Jato.

Um dos anexos da dela��o de Cl�vis Primo traz um cap�tulo intitulado "pagamento de propinas". Anexo � termo preliminar aos depoimentos frente o Minist�rio P�blico Federal.

"Com rela��o aos pagamentos de propinas ajustados com o PMDB, o colaborador esclarecer� que n�o foram diretamente ajustados ou realizados por ele, mas mediante pagamentos a intermedi�rios indicados pelo ent�o Ministro de Minas e Energia, Edson Lob�o, realizados em esp�cie, correspondentes a 0,5% dos valores das obras; e mediante contratos com empresas indicadas pelo senador Romero Juc� que realizavam os repasses a este, tamb�m correspondentes a 0,5% dos valores das obras", aponta o anexo.

Cl�vis Primo relatou sobre "pagamentos de propinas ajustados com o PT" que n�o foram diretamente negociados ou realizados por ele, mas sim feitos por meio de "doa��es ao diret�rio nacional do partido, tendo sido a interlocu��o feita por outros executivos da AG".

A Andrade Gutierrez tem 11 executivos como delatores na Lava Jato. O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou no in�cio de abril, 34 termos de colabora��o. A empreiteira, que tamb�m fechou acordo de leni�ncia, vai pagar multa de R$ 1 bilh�o.

O ex-diretor do grupo Fl�vio Gomes Machado Filho declarou que a partir do momento em que o contrato de Angra 3 entrou em execu��o, "o assunto passou a ser tratado pela diretoria respons�vel pelo tema na AG, e a partir da� houve demandas do PMDB e do PT para pagamento de percentuais vinculados ao valor da obra".

"O colaborador relatar� que chegou a fazer um pagamento dirigido a Edison Lob�o, entregue a um intermedi�rio por ele indicado, em data e local que detalhar� posteriormente. E tamb�m que foram efetuados pagamentos dirigidos a Romero Juc�, atrav�s de canais por este indicados, que ser�o detalhados e comprovados posteriormente”, informa o anexo.

Um terceiro dirigente ligado � empreiteira, o ex-presidente da Andrade Gutierrez Energia Fl�vio David Barra, relatou que entrou no projeto um pouco antes da licita��o da parte de montagem da obra de Angra 3.

"O colaborador tamb�m confirmar� a exist�ncia de doa��es de campanha vinculadas a percentuais de obra para o PT (representado por Jo�o Vaccari, ent�o tesoureiro do partido) e pagamentos para o PMDB, na pessoa de Edison Lob�o", afirma o documento.

Defesa

Por meio de nota, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que defende Romero Juc� e Edison Lob�o, afirmou que "todas estas dela��es n�o apresentam nenhum rastro de qualquer prova. S�o acusa��es desprovidas de qualquer valor".


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