Dilma, por�m, n�o respondeu de maneira direta �s seis perguntas feitas pelos deputados. O principal questionamento era quem seriam os respons�veis pelo golpe. Ap�s a manifesta��o, os parlamentares podem ingressar com uma a��o contra ela, como, por exemplo, de crime contra a honra.
Na pe�a, de 42 p�ginas, o ex-advogado-geral da Uni�o Jos� Eduardo Cardozo sustenta que as grava��es que vieram a p�blico do ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado com integrantes da c�pula do PMDB mostram que "a verdadeira raz�o" do impeachment foi colocar um fim � Opera��o Lava Jato, j� que Dilma teria "permitido que as investiga��es contra a corrup��o no pa�s avan�assem de forma aut�noma e republicana".
A manifesta��o diz ainda que os apoiadores do governo do presidente em exerc�cio Michel Temer tem receio de serem tachados de golpistas e buscam o reconhecimento de que o impeachment foi "realizado dentro da lei e da Constitui��o, mesmo que n�o tenha sido". "Querem sustentar, mesmo contra as evid�ncias, que os crimes de responsabilidade apontados contra a Sra. Presidenta da Rep�blica efetivamente ocorreram. Querem dizer que o atual governo � 'leg�timo', apesar de n�o ter nascido das urnas", diz.
Cardozo tamb�m sustenta que a petista apenas expressou a sua opini�o e usou o direito garantido na Constitui��o de "livre manifesta��o do pensamento" ao dizer que impeachment � golpe.
O ministro disse ainda que, apesar de a ministra do STF Rosa Weber ter dado a op��o de Dilma n�o responder � interpela��o, a presidente afastada tem um passado de luta contra as injusti�as e est� convicta de "que realmente est� em curso um verdadeiro golpe de Estado no Brasil".
"Silenciar diante desta interpela��o, seria negar uma vida e submeter-se a uma tentativa de intimida��o. Uma vida que resistiu � pris�o e �s torturas impostas durante o per�odo da ditadura militar, sem abdicar das suas cren�as. Uma vida, de quem se orgulha de ser mulher e de n�o se curvar diante de amea�as, de intimida��es ou de arb�trios, venham de onde vierem", diz a manifesta��o.