Para os petistas, esta seria a principal estrat�gia para convencer os indecisos a apoiar Dilma, al�m de ser uma oportunidade para a presidente afastada reconquistar legitimidade na Casa.
Para viabilizar a ideia, os congressistas precisam convencer os movimentos sociais a apoiar a consulta popular, j� que acreditam que a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) n�o deve surgir do partido, e sim das "ruas". At� o momento, a Central �nica de Trabalhadores (CUT) seria o ponto de maior resist�ncia, mas, segundo algumas lideran�as, j� estaria demonstrando sinais de que poderia endossar a ideia. Os movimentos tamb�m seriam o caminho para convencer a presidente afastada, que agora estaria vendo o assunto com maior simpatia.
Embora avaliem que o governo est� enfraquecido, os petistas evitam ataques aos aliados do presidente em exerc�cio Michel Temer. H� o temor em algumas alas da legenda de que o caso do ex-senador Delc�dio Amaral, preso no ano passado, possa ter aberto precedentes para outros casos, o que seria refor�ado caso o Supremo Tribunal Federal acate os pedidos de pris�o da Procuradoria-geral da Rep�blica (PGR).
Alguns parlamentares tamb�m consideram ser muito cedo para celebrar uma vit�ria do partido. Eles est�o receosos com o acordo de dela��o premiada da Odebrecht, que poderia envolver membros da sigla.
A proposta do plebiscito � defendida abertamente por cerca de dez senadores "independentes" do Congresso Nacional, como o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que votou a favor da abertura do processo de impeachment de Dilma. Assim que soube dos pedidos de pris�o de Renan e Juc�, mais cedo, ele ligou para parlamentares defendendo a ideia de novas elei��es.
J� os governistas s�o totalmente contr�rios � proposta. Segundo o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), n�o � poss�vel nem se quer discutir a ideia, pois, segundo ele, antecipar ou postergar as elei��es seria inconstitucional.