O ex-senador Gim Argello, preso no dia 12 de abril, na 28ª fase da Opera��o Lava-Jato da Pol�cia Federal, encaminhou nesta quinta-feira carta ao presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson , renunciando � presid�ncia da legenda no Distrito Federal e tamb�m pedindo sua desfilia��o do partido.
No documento, Gim Argello afirma que est� se retirando da vida p�blica por terem tentado envolver seu nome em situa��es que n�o existiram. “Diante da atual situa��o que o pa�s atravessa, por diversas vezes tentaram macular meu nome, e nada conseguiram, mas dessa vez chegaram ao extremo, criando e envolvendo-me em uma situa��o que jamais existiu, e tudo o que procurar�o, n�o sei o que, nada encontrar�o, tornando-se assim uma situa��o de total indigna��o para mim e minha fam�lia, uma vez que n�o existe base jur�dica e factual para minha pris�o, bem como a manuten��o da mesma”, diz trecho da carta.
Ex-l�der do governo no primeiro mandato da presidenta afastada Dilma Rousseff, Gim Argello foi preso preventivamente pela Pol�cia Federal. Ele � acusado de receber R$ 5,3 milh�es em propinas para impedir investiga��es sobre o cartel de empreiteiras da Petrobras.
O ex-senador � suspeito de ter utilizado uma igreja para lavagem de dinheiro de corrup��o. Argello � acusado dos crimes de corrup��o ativa e passiva, obstru��o �s investiga��es, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa.
Gim Argello, que tentou a reelei��o em 2014, havia assumido o Senado na vaga deixada pelo ex-governador do DF e ex-senador Joaquim Roriz , que renunciou ao mandato para fugir de um processo de cassa��o, agradeceu a Jefferson a oportunidade de ter comandado o PTB do Distrito Federal e afirmou que exerceu a fun��o com “zelo e dedica��o”.
Argello disse ainda que, nos exerc�cios dos mandatos de deputado distrital e de senador, atuou com dignidade. “Desempenhei os mesmos [mandatos] dentro da maior lisura e dignidade, procurando exerc�-los pelo povo e para o povo”.