Bras�lia - A iniciativa do governo de aprovar projetos com ajuste salarial e criar novos cargos tem gerado desaven�as na base aliada do presidente em exerc�cio, Michel Temer. Depois de cr�ticas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do pr�prio l�der do governo na Casa, Aloysio Nunes (PSDB-SP), foi a vez do l�der do PMDB criticar a medida.
Na semana passada, com o aval do governo, a C�mara aprovou reajustes e cria��o de cargos para todos os poderes, causando um impacto superior a R$ 50 bilh�es em quatro anos. As propostas precisam agora passar pelo Senado, onde devem sofrer resist�ncia.
Renan, presidente do Senado, tamb�m criticou a iniciativa por duas vezes ao longo desta semana. Ele chegou a ironizar o governo e dizer que, talvez, aprovar uma meta fiscal com R$ 170 bilh�es de d�ficit tenha sido um "engano". Ele tamb�m solicitou esclarecimentos por parte do ministro da Fazenda.
Para Renan, os aumentos salariais e a cria��o de cargos s�o incompat�veis com o ajuste econ�mico e com o d�ficit fiscal que foi aprovado pelo Congresso. Na semana da vota��o da revis�o da meta fiscal, membros da base do governo afastado chegaram a dizer que o d�ficit extrapolava o real, com o intuito de contar pontos positivos para Temer quando ele cumprisse a meta no fim do ano e realizasse um d�ficit menor que o sugerido.