
Segundo interlocutores de Temer, ap�s uma conversa com o l�der do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), no domingo passado, o presidente em exerc�cio recuou e informou que "n�o vai mais apoiar cargos nem o aumento do Supremo Tribunal Federal".
Na semana passada, ap�s a revela��o de que a C�mara dos Deputados havia autorizado a cria��o de 14 mil cargos, Temer chamou Dyogo ao Pal�cio do Jaburu para esclarecimentos.
Na ocasi�o, Dyogo argumentou que "n�o houve cria��o de novos cargos na administra��o federal, que gerasse aumento de despesas". "O que houve foi a compensa��o com a extin��o de outros cargos equivalentes", dizia nota oficial. Na ocasi�o, o ministro reiterou que o reajuste dos servidores recomp�e parcialmente as perdas da infla��o e que essa recomposi��o fora dilu�da em at� quatro anos.
Cr�ticas
Ontem, ao abrir a sess�o de vota��o, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou a postura do governo Temer de reajustar o sal�rio de diversas categorias de funcion�rios p�blicos em todos os Poderes. Os projetos foram aprovados na �ltima semana pela C�mara e, agora, seguem para o Senado.
"H� dias, n�s votamos a redu��o do super�vit prim�rio e um d�ficit de R$ 170 bilh�es. Na semana seguinte, o governo aprovou na C�mara dos Deputados - como sempre acontece - um projeto de lei dando aumento aos servidores p�blicos", criticou o presidente do Senado, dizendo que isso "n�o poderia ser ocultado".
Renan disse que � preciso que o governo esclare�a se h�, de fato, o d�ficit fiscal. "(Havendo d�ficit), n�o podemos dar aumento salarial, nem criar cargos, nem aumentar teto de gastos." O presidente do Senado foi ir�nico ao dizer que, se o governo aprova aumentos salariais, "talvez tenhamos aprovado um d�ficit que n�o existe".
A presidente afastada Dilma Rousseff tamb�m fez cr�ticas � condu��o da pol�tica econ�mica pelo governo Temer. Ela o acusou de "fazer um d�ficit gigantesco" - refer�ncia � revis�o da meta fiscal para um rombo de R$ 170,5 bilh�es em 2016 - e de a C�mara ter autorizado, com aval do governo, a cria��o de 14 mil cargos. Disse que os gastos "n�o beneficiam o conjunto da popula��o". "E eu pergunto: com que legitimidade?"
Com apoio do governo, a C�mara aprovou 14 projetos de reajuste salarial para funcion�rios p�blicos com um impacto superior a R$ 50 bilh�es em quatro anos nas contas p�blicas.