Bras�lia - Antes de o juiz S�rgio Moro aceitar a den�ncia contra Cl�udia Cruz, mulher do presidente afastado da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a defesa do peemedebista fez uma nova tentativa para retirar o caso das m�os do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Na pe�a impetrada no STF, os advogados de Cunha sustentam que o caso de Cl�udia e de uma das filhas do peemedebista, Danielle Dytz, tem "estreita rela��o" com o inqu�rito que tramita na Corte e investiga as contas secretas mantidas por Cunha na Su��a.
Relator da Lava Jato no Supremo, o ministro Teori Zavascki ainda n�o deliberou sobre o pedido. A fam�lia j� havia recorrido da decis�o tomada por Teori de desmembrar o processo e enviar o caso para Moro porque Cl�udia e Daniele n�o possu�am foro privilegiado.
A defesa de Cunha usou os depoimentos das duas � for�a-tarefa da Lava Jato em Curitiba para mostrar essa rela��o. Na pe�a, eles sustentam que Cl�udia afirmou que era Cunha que "abasteceria a conta Kopek, teria sido o respons�vel pelas contas do casal, e teria apresentado os formul�rios de abertura da citada conta para que ela assinasse".
O pedido ao STF ressalta que Cl�udia citou o nome de Cunha mais de 30 vezes durante o depoimento e Danielle, 17. Diante dessas evid�ncias, a defesa argumenta que a "tramita��o perante a primeira inst�ncia tem produzido farta prova contra o reclamante, em clara usurpa��o da compet�ncia do STF".
Den�ncia
Nesta quinta-feira, Cl�udia tornou-se r� pelos crimes de lavagem de dinheiro e evas�o de divisas envolvendo valores provenientes do esquema de corrup��o instalado na Diretoria Internacional da Petrobras. As investiga��es apontaram que ela "tinha plena consci�ncia dos crimes que praticava e � a �nica controladora da conta em nome da offshore Kopek, na Su��a".
Segundo a Procuradoria, as contas de Eduardo Cunha no exterior eram usadas para, em segredo a fim de garantir sua impunidade, receber e movimentar propinas, produtos de crimes contra a administra��o p�blica praticados pelo deputado hoje afastado da presid�ncia da C�mara.
Por meio da mesma conta, Cl�udia teria se favorecido de parte de valores de uma propina de cerca de US$ 1,5 milh�o que o marido teria recebido para "viabilizar" a aquisi��o, pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de explora��o de petr�leo na costa do Benin, na �frica, em 2011.