Bras�lia - A presidente afastada Dilma Rousseff prepara uma carta de compromissos para o "novo governo" caso consiga reverter o processo de impeachment no Senado. O documento ser� entregue �s frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que lideram as manifesta��es contra o presidente em exerc�cio Michel Temer, e vai indicar a inten��o de uma guinada � esquerda, na dire��o contr�ria do que foi o segundo governo da petista.
Entre os pontos cobrados pelos movimentos sociais est�o a garantia de uma pol�tica econ�mica com foco no crescimento econ�mico, manuten��o dos programas sociais e gera��o de empregos, compromisso com a reforma pol�tica e a montagem de um Minist�rio formado por not�veis e representantes dos setores que lutaram contra o impeachment.
O objetivo seria quebrar resist�ncias de setores da esquerda que t�m defendido a realiza��o de novas elei��es presidenciais ou por desconfiarem da capacidade de Dilma em criar condi��es m�nimas de governabilidade ou porque ainda guardam ressentimentos em rela��o �s escolhas da petista no segundo governo. Um petista chamou aten��o para o detalhe de que o mote dos atos de hoje � "Fora Temer" em vez de "Volta Dilma".
Manifesta��o
Nesta sexta-feira, 10, as duas frentes promovem uma s�rie de atos contra o governo do PMDB em 40 cidades do Brasil e outras 16 dos EUA e Europa. O maior deles est� marcado para a Avenida Paulista, em S�o Paulo. A expectativa � reunir 100 mil pessoas. Lula confirmou presen�a. Dilma, que passou esta quinta-feira, 9, em Campinas e dormiu em S�o Paulo, chegou a incluir o ato em sua agenda, mas sua participa��o vai depender das condi��es de seguran�a.
"Temer n�o tem participado de atividades p�blicas porque sabe que ser� vaiado. Os atos de amanh� ser�o uma demonstra��o de que o povo n�o quer Temer", afirmou Raimundo Bonfim, da coordena��o da Frente Brasil Popular.
Os organizadores tamb�m esperam a presen�a de grupos que se mobilizaram espontaneamente contra o impeachment, al�m dos movimentos sociais. "Essas lutas e atos s�o o in�cio da derrota do Temer", disse Jo�o Paulo Rodrigues, do MST.