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Estado de Minas

PF intima Delfim Netto na Lava-Jato

A Lava-Jato chegou ao nome do ex-ministro e criador do "milagre econ�mico" da ditadura militar depois de encontrar a planilha do Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht, nome oficial do "departamento de propinas"


postado em 10/06/2016 07:49 / atualizado em 10/06/2016 07:59

Ex-ministro Delfim Netto(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Ex-ministro Delfim Netto (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
S�o Paulo - A delegada de Pol�cia Federal Renata da Silva Rodrigues, da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato em Curitiba, intimou o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto para "prestar esclarecimentos" aos investigadores sobre por que recebeu, segundo seu sobrinho, R$ 240 mil em dinheiro vivo entregues pelo "departamento de propina" da maior empreiteira do Pa�s em 22 de outubro de 2014 no escrit�rio do advogado e sobrinho do ex-ministro Luiz Appolonio Neto, na capital paulista.

A Lava-Jato chegou ao nome do ex-ministro e criador do "milagre econ�mico" da ditadura militar depois de encontrar a planilha do Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht, nome oficial do "departamento de propinas", uma planilha na qual constava, dentre outras, a entrega de R$ 240 mil no endere�o de Appolonio. Conduzido coercitivamente para depor na 26ª fase da Lava-Jato, a opera��o Xepa, em mar�o, o advogado disse que n�o se recordava de ter recebido a quantia.

Nesta segunda-feira, 6, contudo, Appolonio encaminhou um of�cio � PF em Curitiba informando que "referidos valores n�o lhe pertencem, apenas foram recebidos no endere�o acima mencionado a pedido do economista Antonio Delfim Netto, o qual por motivos particulares e em raz�o de sua avan�ada idade, n�o quis receber em seu escrit�rio", disse. Ainda segundo o advogado, todo o valor foi repassado ao ex-ministro, que recebeu a quantia "em virtude de consultoria prestada".

Diante disso, a delegada Renata Rodrigues quer ouvir do pr�prio Delfim explica��es que justifiquem o pagamento, feito em esp�cie e no escrit�rio de seu sobrinho na Alameda Lorena, Jardins, S�o Paulo, pelo departamento da Odebrecht utilizado para pagamentos il�citos e "por fora". A delegada tamb�m encaminhou um of�cio � empreiteira para que "querendo", esclare�a os motivos do pagamento e apresente a documenta��o, caso exista, utilizada para formalizar o pagamento.

N�o � a primeira vez que o nome de Delfim Netto surge na opera��o. O economista e tamb�m ex-deputado federal foi citado na dela��o premiada da empreiteira Andrade Gutierrez pelo suposto recebimento de valores ainda n�o explicados no empreendimento da Usina de Belo Monte. Quando seu nome foi citado na Lava-Jato, Delfim argumentou que havia feito uma "assessoria".

Defesas

A Odebrecht n�o quis comentar o caso. A defesa de Delfim Netto refutou de maneira veemente qualquer irregularidade. Os advogados Ricardo Tosto e Maur�cio Silva Leite s�o taxativos. "O economista Ant�nio Delfim Netto prestou servi�os de consultoria na �rea econ�mica e recolheu todos os impostos em decorr�ncia da presta��o dos servi�os."

A defesa de Luiz Appolonio Neto informou que todos os esclarecimentos j� foram prestados �s autoridades e que ficou demonstrado que ele n�o tem qualquer participa��o nos fatos investigados.


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